“Eu não sabia muito sobre o Acre nem sobre o Daime. Tive um grande aprendizado durante essa visita”, diz a dinamarquesa Marie Kølbaek. Atualmente morando em São Paulo, a artista plástica veio ao estado para prestigiar a II Conferência da Ayahuasca, realizada nesta semana, na Universidade Federal do Acre.
Marie conta que só soube sobre as linhagens religiosas da ayahuasca uma semana antes do evento: “Eu tinha apenas conhecimento sobre a relação dos índios com a bebida e algumas questões da parte científica. Eu não sabia nada sobre o Santo Daime ou a União do Vegetal (UDV), e aqui tive a oportunidade de entender mais esse lado”.
Ela destaca, ainda, a experiência de vir ao Acre, afirmando que “há uma grande diferença da Dinamarca e até mesmo de São Paulo em relação ao estado amazônico, pois é uma energia diferente”.
Já para a irlandesa Louise Fhretree, que atua na área de medicina alternativa, a conferência foi interessante, ainda mais por ter incluído os indígenas nos debates.
Ela ressalta também que, durante o evento, foi possível entender as semelhanças e diferenças entre as comunidades científicas, religiosas e originárias. “Tivemos momentos muito importantes e dinâmicos, e espero que a partir disso se tenha uma união maior entre essas linhagens”, afirma.
Ao longo dos seis dias, a Conferência da Ayahuasca recebeu mais de 700 participantes de aproximadamente 30 países.
O evento, que contou com mesas-redondas, apresentação de trabalhos científicos e mostra de filmes, entre outros, teve a presença de mais de 60 participantes convidados e cem integrantes de diversos povos indígenas. A Câmara Temática de Culturas Ayahuasqueiras de Rio Branco também esteve presente.