De acordo com as Estatísticas do Registro Civil 2015, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos 10 anos o número de mortes violentas no Brasil de jovens com idade entre 15 e 24 anos cresceu 6,6%. Na Região Norte, este número é ainda mais dilatado: 44,3%.
Na contramão da estatística, segundo o instituto, o Acre apresentou expressiva redução de 37,5% no mesmo período, a maior entre todos os Estados do país. Considerando apenas as mulheres, a queda foi de 50%. O secretário de Estado de Segurança Pública, Emylson Farias, reconhece que os números são satisfatórios, mas que muito ainda precisa ser feito.
Ele destaca que o governo do Estado tem investido em políticas sociais que repercutem diretamente na prevenção da violência, principalmente no público jovem.
Além disso, os investimentos em pessoal, infraestrutura e capacitação continuada dos agentes de segurança estão entre as medidas que sugerem um caminhar para soluções concretas.
“Entendo que estamos no caminho correto, mas na Segurança Pública não podemos baixar a guarda. Comemoramos o triunfo momentâneo, sem perder o foco em novas batalhas para outras conquistas”, disse Farias.
Óbito é maior entre homens
A prevalência masculina entre os jovens que morreram de forma violenta em 2015 foi de 91,7%.
Em todos os Estados onde houve aumento no número de mortes violentas entre homens de 15 a 24 anos, a variação percentual entre as mulheres foi menor, com exceção do Amazonas. Foi o único local onde o aumento no número de mortes entre as jovens superou os 100%: o aumento foi de 171,4%, contra a também expressiva variação de 128,7% entre os homens desta faixa etária.
Nove Estados tiveram variação percentual superior a 100% no número de mortes violentas entre os homens de 15 a 24 anos: Roraima (119,%), Rio Grande do Norte (121.6%), Alagoas (124,8%), Amazonas (128,7%), Bahia (132,2%), Maranhão (145,1%), Ceará (146,1%), Piauí (171,4%) e Sergipe (179,4%).
Houve, no entanto, redução significativa entre o número de mortes de jovens, tanto de homens como mulheres, no Rio de Janeiro (-37,5% e -40,8), em São Paulo (-33,1% e -32,7%) e no Paraná (-27% e -30,1%).
Considerando apenas as mulheres, a maior queda foi no Acre: 50%.