Por meio da Secretaria de Pequenos Negócios (SEPN), o governo do Estado já investiu mais de R$ 30 milhões em capacitações e aquisição de kits individuais e coletivos que estão gerando trabalho e renda no Acre. Das 23 mil famílias beneficiadas, cerca de três mil são na área de corte e costura.
Se desde 2011 os investimentos contemplaram esse total, o projeto anunciado em dezembro de 2016 pela secretaria prevê a inserção de mais três costureiras, com mais R$ 3 milhões em investimentos no setor.
Mediante termo de cooperação técnica assinado na Casa Civil, junto a 11 instituições públicas e privadas, um cronograma de atividades será estabelecido com o público-alvo, com foco, sobretudo, em novas capacitações ao longo deste ano.
Com a proposta de fazer com que, futuramente, o Acre possa ter um polo de confecção de moda, que atenda, sobretudo, a demanda local, o projeto visa a qualificação de mão de obra, para elevar a competitividade e agregar valor aos produtos no mercado da moda.
“Queremos dar novos rumos e quebrar paradigmas para essa atividade econômica, que muda a história de famílias pela capacidade produtiva de mulheres”, declarou Nogueira.
O que representa o programa pelo olhar delas
Maria Olinda Lisboa é um dos exemplos de que os investimentos realizados pelo programa de incentivo ao empreendedorismo se refletem na transformação social. De Rondônia, ela e a família chegaram ao Acre há oito anos. Antes de começar a empreender, recebeu cursos de capacitação e maquinário entregue pelo governo.
A oportunidade que recebeu atualmente tem condições de estender a outras pessoas. Com faturamento de até R$ 5 mil por mês, o empreendimento Mara Ateliê gera trabalho para mais três famílias.
Com especialidade em uniformes escolares e de empresas, além de camisetas personalizadas, a empreendedora conta que o ateliê confecciona até 600 peças mensalmente.
“Pra realizar um sonho basta ter vontade e determinação. E o retorno que a gente tem do trabalho estimula muito nisso. Só tenho a agradecer a oportunidade que recebi, que me ajudou a ter esse espaço e poder gerar trabalho para outras pessoas. Esse é um projeto que realmente muda a situação financeira das famílias”, declara a costureira.
Semelhantemente, a beneficiária de pequenos negócios assistidos pela SEPN, Verônica Conceição da Silva, teve que investir no próprio ateliê, pois ficou inviável atender a clientela no quarto em que costurava, segundo conta.
“Eu e meu esposo alugamos um espaço maior pra atender minhas clientes. Todo mundo dizia que eu estava louca de me arriscar assim, mas o meu negócio está dando tão certo que em menos de um mês recebi o dobro do que investimos no aluguel”, diz.
No fim de janeiro deste ano, Verônica foi uma das beneficiárias certificadas pelo governo como empreendedora de sucesso.