Criada e oficializada em 2011 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), a data que comemora o Dia Mundial do Rádio foi instituída para todo 13 de fevereiro.
A celebração homenageia a primeira emissão de um programa da Rádio das Nações Unidas (United Nation Radio), em 1946.
No Acre, 11 rádios fazem parte da Rede Pública de Comunicação, sendo cinco na frequência AM e seis FM. Porém, devido a transições técnicas que o meio de comunicação vem passando no Brasil, a expectativa é de que até o fim de 2018 todas as rádios AM do estado passem por mudança de classe, o que melhorará o parque de transmissão da produção, além de aumentar a potência da FM.
A iniciativa faz parte de uma política da Fundação Aldeia de Comunicação (Fundac), que visa popularizar e democratizar a difusão radiofônica.
“Com toda a modernização, o rádio ainda se consagra como um veículo importante, pois tem um papel fundamental de levar de forma rápida informações para locais onde nenhum outro meio chega. Por isso, por meio de políticas públicas, valorizamos e investimos em seu melhoramento”, ressalta a secretária de Comunicação, Andréa Zílio.
Patrimônio histórico e cultural
Entre as emissoras que compõem a Rede Pública, está a Rádio Difusora Acreana. Com 72 anos de existência, ela é considerada patrimônio histórico e cultural do Acre.
Funcionando na frequência 1400 AM, tornou-se responsável por levar informações aos lugares mais longínquos do estado, do país e até mesmo de outras localidades do mundo.
“A Difusora nasceu com a finalidade de prestar serviço à população, seja ela de lugares mais próximos até as fronteiras, passando pelo interior, florestas, seringais e comunidades ribeirinhas”, afirma Alexandre Nunes, diretor da Fundac.
O espaço que sedia a Difusora em Rio Branco foi recentemente recuperado, mantendo vivos os traços existentes no ambiente. A reforma foi possível graças ao esforço do governador Tião Viana, que forneceu recurso do próprio estado para tal.
Breve história do rádio
Como surgiu o rádio é uma contradição mundial. Alguns acreditam que a tecnologia de transmissão por ondas foi desenvolvida pelo italiano Guglielmo Marconi, em 1895. Porém, ainda em 1893, tem-se indício de que o padre brasileiro Roberto Landell de Moura também realizava experiências semelhantes, fazendo sua primeira transmissão entre o bairro Medianeira e o morro Santa Teresa, em Porto Alegre (RS).
Oficialmente, a primeira transmissão no Brasil foi durante o centenário da Independência, em 7 de setembro de 1922. Na época, o então presidente Epitácio Pessoa, acompanhado pelos reis da Bélgica, Alberto I e Isabel, abriu a Exposição do Centenário no Rio de Janeiro. Seu discurso foi transmitido para receptores instalados em Niterói, Petrópolis e São Paulo, por meio de antenas instaladas no Corcovado.