O ditado popular “Mulher no volante, perigo constante” não tem mais sentido. Dados estatísticos do Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran/AC) revelam que as mulheres têm se mostrado mais prudentes, gentis, cuidadosas e prevenidas no volante do que os homens.
Em Rio Branco as mulheres estão presentes, como condutoras, em 24,98% dos acidentes de trânsito registrados em 2016, enquanto os homens aparecem como condutores em 75,02% dos acidentes.
A explicação? As mulheres são mais cautelosas e respeitam mais as leis de trânsito. Para o homem, o carro é sinônimo de poder. Ele usa o veículo para se autoafirmar, e isso o torna mais imprudente.
“As mulheres têm ganhado, cada vez mais, espaço na sociedade, e agora também nós, do Detran, que buscamos o fim da violência no trânsito, agradecemos a parceria de todas as mulheres que dirigem com segurança”, afirma o diretor-geral do Detran, Pedro Longo.
A promotora de vendas Geiciane Vasconcelos, habilitada há 10 anos, conta que na pilotagem diária de sua motocicleta o medo de se envolver em acidentes e arriscar a vida gera a prudência e maior atenção no trânsito.
“Tenho certeza de que, se a maioria dos condutores fosse de mulheres, o trânsito seria mais lento, já que temos mais temor de fazer manobras arriscadas, mas com certeza teríamos menos acidentes”, opina Geiciane.
Uma pesquisa Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), com base em dados do Ministério da Saúde, concluiu que a disparidade de mortes no trânsito entre homens e mulheres no país é expressiva. A cada 10 vítimas fatais, praticamente oito são homens.
O ONSV analisou ainda as indenizações pagas pelo seguro DPVAT da Seguradora Líder, tendo como referência o ano de 2015.
Das 595.693 indenizações por invalidez permanente, 26% foram destinadas a mulheres e 74%, a homens.