A direção do frigorífico de suínos Dom Porquito informou nesta sexta-feira, 17, que fechou um contrato de exportação para Hong Kong. Será de um a dois contêineres mensais para o país asiático a partir de março, cada um com 28 toneladas de produtos diversos, por um período de dois anos.
O contratante é uma rede de restaurantes de Hong Kong que também possui unidades na China e em Macau. Segundo Paulo Santoyo, diretor-presidente do Dom Porquito, o negócio pode ser expandido se a aceitação dos produtos acreanos for ainda maior na Ásia.
Além disso, a exportação ocorrerá por meio de portos peruanos, utilizando a BR-317 – Rodovia Transoceânica – que sai do Brasil pelo Acre. Assim, foi diminuído o tempo de envio dos produtos, já que a outra opção seria pela costa brasileira com o Oceano Atlântico.
“Os negócios estão indo bem e o mercado está reagindo cada dia mais aos nossos produtos. Ficamos satisfeitos com o resultado, é pra comemorar, mas temos muito trabalho pela frente para consolidar o investimento”, relata Santoyo.
A força de uma empresa acreana
O projeto Dom Porquito foi criado em 2011, durante o primeiro mandato do governo de Tião Viana, em uma iniciativa que ajudaria a consolidar um novo modelo econômico no Acre: a parceria público-privada-comunitária.
A empresa é uma sociedade anônima em que a Agência de Negócios do Acre tem 37% das ações e os demais acionistas 63%. Os investimentos, só no frigorífico foram de R$ 62 milhões, enquanto o complexo todo já englobou cerca de R$ 86 milhões. O empreendimento é considerado pela Associação Brasileira de Suínos o mais moderno em tecnologia do Brasil.
Hoje, o Dom Porquito emprega 450 pessoas diretamente, com produção diária de 250 a 270 toneladas por dia, com cerca de 40 fornecedores que receberam apoio do governo do Estado para a construção de seus galpões de engorda de suínos.
Carcaças inteiras de porcos e uma variedade de cortes saem da indústria, sob a marca Mister Pig, para os estados de Rondônia, Amazonas e Roraima, além de quase todos os municípios acreanos.