Quem vê Sarah Evellyn andando pelos corredores do Centro de Estudo de Línguas (CEL) não imagina que a jovem é uma das estudantes destaques da educação pública do Acre.
Além de ser a atual jovem embaixadora e ter representado o Acre nos Estados Unidos, agora Sarah foi selecionada para participar de outro programa dedicado aos estudantes. Após rigoroso processo seletivo realizado pelo Senado Federal, ela se tornou a mais nova Jovem Senadora Acreana.
A disputa ocorreu em junho, quando as escolas de nível médio submeteram as redações escritas por seus representantes à análise de uma comissão da Secretaria de Educação e Esporte do Acre (SEE). A redação de Sarah foi uma das três melhores do Acre e, posteriormente, foi escolhida pela comissão nacional como a melhor do estado.
“O tema escolhido pelo Senado em 2017 foi ‘intolerância’ e eu resolvi falar de como ela se manifesta em diversas áreas da sociedade. Estudantes da capital e do interior participaram dessa disputa e eu estou tendo o privilégio de representar o Acre”, disse Sarah.
O trabalho no Senado Jovem
Nesse novo desafio a nível nacional a jovem teve a missão de apresentar propostas que poderão se tornar projetos de lei. Este foi um encontro com estudantes de todo o Brasil, oportunidade em que eles estarão reunidos em comissões.
Sarah decidiu integrar a Comissão de Educação. A aluna da Escola José Rodrigues Leite diz que a rede pública estadual já avançou muito e que bons exemplos daqui podem ser replicados em outros estados do país.
“Eu sempre aproveitei todas as oportunidades educacionais, fazendo a diferença e não estando onde todo mundo estava. Percebi que me identificava com a educação, pois sempre estudei muito e me destaquei em olimpíadas. Esses passos foram decisivos para uma completa mudança na minha vida”, afirmou.
Jovem Embaixadora
Em janeiro Sarah foi escolhida como a Jovem Embaixadora de 2017 e representou o Acre nos Estados Unidos. Foram três semanas de intensas atividades e a oportunidade de vivenciar o dia a dia de uma família da localidade.
No trajeto por Nevada, Washington e Óregon a embaixadora pode compreender a fundo a língua inglesa e praticar o idioma. Toda a comunicação durante os encontros e oficinas era feito em inglês.
“A gente estuda inglês a vida inteira, mas nunca acredita que pode se comunicar com o idioma no dia a dia. Foi uma oportunidade de conhecer outra cultura, os costumes, o contexto educacional, as universidades. Fiz amizades com quem mantenho o contato até hoje”, afirmou.
Incentivo da família
A estudante conta que sempre foi muito incentivada pelos pais a se engajar nas atividades da escola. Cada notícia sobre sua aprovação nos concursos educacionais era comemorada por todos.
O pai, que não conseguiu concluir o ensino médio, apoia e acompanha os trabalhos da filha. A mãe, professora de português, foi uma das grandes inspirações de Sarah.
“Minha mãe ia pra faculdade e deixava os três filhos em casa. Ela conseguiu se graduar com muita dificuldade. Minha família sempre me ensinou a valorizar as oportunidades que eu tivesse e a educação”, lembrou Sarah.