A falta de informações, na maioria das vezes, é o que mais prejudica quando o assunto é doação de sangue ou medula óssea. Entender como funciona a doação é o primeiro dos requisitos para se tornar um parceiro voluntário do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre (Hemoacre). No caso da doação de medula, muita gente acaba fazendo confusão entre medula óssea e medula espinhal e, pelo medo, acreditando ser perigoso, fica com receio de doar.
Só que são duas coisas bem diferentes e não representa perigo algum ao doador. Quem afirma é a gerente de captação do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre (Hemoacre), Quésia Nogueira, que esclarece que no momento do cadastro, será recolhida uma amostra de sangue de 5 a 10 ml, para verificar a compatibilidade entre doador e receptor.
“Quando identificamos algum paciente compatível, o doador cadastrado é convidado a fazer outros exames para evitar rejeições e realizar a doação” destaca.
Para tirar essas e outras dúvidas de como se tornar doador, os interessados podem procurar o Hemoacre, que fica localizado na Avenida Getúlio Vargas, 2787, em Rio Branco. A unidade funciona de segunda a sexta, inclusive nos feriados, de 7h30 às 18h30.
“Devido às chances de compatibilidade ser de um em um milhão entre pessoas de uma mesma população, nosso objetivo é conscientizar as pessoas de que a doação pode salvar uma vida”, esclarece Quésia.
O Hemocentro alerta sobre a importância de manter as informações do cadastro sempre atualizadas. No Brasil, a única maneira de se cadastrar para ser doador de medula óssea é fazendo parte do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) – terceiro maior banco do material do mundo, atrás apenas do americano e alemão. Mas os dados desatualizados no cadastro (endereços e contatos) acabam prejudicando quem precisa de doação.
Quem já se cadastrou deve atualizar o cadastro diretamente no portal do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Caso tenha mudado, por exemplo, de endereço, telefone e e-mail, essas informações precisam ser atualizadas o quanto antes, no site (www1.inca.gov.br/doador). Isso facilita para que o voluntário seja encontrado caso haja compatibilidade de sua informação genética com a de um paciente que está à espera do transplante.
Já para se cadastrar como doador basta procurar o Hemoacre. O cadastramento é um processo simples, rápido e funciona da seguinte maneira: a unidade coletará uma amostra de sangue para a tipagem do Sistema HLA e o doador ficará cadastrado no Redome.
Os interessados devem ter entre 18 e 55 anos, boa saúde e não apresentar doenças, como as infecciosas ou as hematológicas, por exemplo, e apresentar documento oficial de identidade com foto, além de preencher os formulários: ficha de identificação do candidato e termo de consentimento.
O transplante de medula óssea é um dos tratamentos recomendados para pessoas com leucemias, linfomas, anemias graves ou congênitas, hemoglobinopatias, entre outras doenças que afetam as células do sangue.