Desde quanto implantou o Programa Primeira Infância Acreana (PIA), o Acre tem chamado atenção pelo seu comprometimento em mudar a realidade de milhares de crianças de zero a seis anos de idade.
Por conta disso, a vice-governadora Nazareth Araújo e a primeira-dama do Estado Marlúcia Cândida participaram nesta segunda, 26, e terça-feira, 27, do Curso Internacional de Liderança Executiva em Desenvolvimento da Primeira Infância 2017, em São Paulo.
Nos dois dias de curso estados como o Acre, Alagoas, Ceará, Paraná e outros mostraram como estão desenvolvendo seus planos de ação e como estão executando o Protocolo de Convergência entre os estados e o Programa Criança Feliz, do governo federal.
Uma iniciativa do Núcleo Ciência Pela Infância (NCPI), e United Way, a ação é um desdobramento do primeiro módulo ofertado pela Universidade de Harvard (EUA), em março deste ano.
Vidal Didonet, autor do Marco Legal da Primeira Infância, elogiou o que está sendo desenvolvido no Acre. Ele afirmou que o plano de ação mostrou que é possível avançar nas políticas públicas quando se constrói convergência entre uma concepção nacional com a estadual.
Ele frisou ainda: “Já possuímos conhecimento e técnicas, já existem a decisão política e vontade de fazer, o que nos falta é construir um olhar holístico que integra as experiências profissionais e de gestão pública, dentro de um olhar que enxerga a criança tal como ela existe, em sua realidade, na sua singularidade e na sua diversidade”.
Nazareth Araújo destacou que o plano de ação do Acre é exemplo na sua execução porque leva em conta um conjunto de informações, da ciência, da técnica e da prática profissional. “Nossa gestão tem com foco investir em ações como as que são desenvolvidas pelo Programa Primeira Infância Acreana (PIA), melhorando a vida dessas crianças e de suas famílias”, revelou.
Marlúcia Cândida falou de sua emoção em ter participado do um curso que, segundo ela, traz um olhar mais profundo para a infância que começa de fato ainda na gravidez. “O que queremos é juntar as políticas que o governo do Estado já tem em relação à maternidade, educação, cultura, habitação e oferecer um futuro melhor para nossas crianças. A ideia é melhorar e potencializar todas as políticas públicas que já existem voltadas à primeira infância”, revelou a primeira-dama.
Ampliar a rede de atendimento
Ao final, os estados sugeriram a criação de um projeto que tem como objetivo firmar o compromisso de criação de uma rede maior de atendimento voltada à primeira infância. Os estados propuseram também uma matriz de intersetorialidade com o Programa Criança Feliz onde serão consideradas as matrizes de regionalidade para melhor otimização dos recursos.
“O projeto prevê que ações sejam desenvolvidas junto à sociedade civil organizada e demais organizações, visando ampliar a capacidade de resolução e de atendimento formando uma rede mais forte, inclusive, com aspectos e visões que são traduzidas hoje no mundo inteiro na importância do cuidado, do afeto e do atendimento dessa criança de zero a seis anos”, finalizou Nazareth Araújo.