Representantes dos órgãos que integram a Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais (CEGdRA) se reuniram nesta terça-feira, 1°, na Sala de Situação do Corpo de Bombeiros do Acre (CBMAC), para avaliar o último relatório de queimadas e desmatamento, que faz um balanço dos focos de calor registrados no mês de julho em todo o estado.
O documento, elaborado pelo Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC) e pela Secretaria de Meio Ambiente do Acre (Sema), subsidia as ações de diversos órgãos de comando e controle.
Nas últimas semanas, fiscais do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e do Ibama percorreram vários pontos do estado notificando e autuando produtores identificados como responsáveis pelos danos causados à natureza e à saúde das pessoas.
“Não queremos causar qualquer constrangimento às pessoas, mas se elas foram flagradas, as áreas serão embargadas e aplicaremos as sanções previstas. É importante que a população colabore e denuncie. Só assim vamos reduzir as queimadas no Acre”, disse Paulo Viana, diretor-presidente do Imac.
Comando e controle
As ações de fiscalização são prerrogativas legais das secretarias municipais de Meio Ambiente. Na capital, o trabalho tem sido intensificado pela prefeitura, que mantém servidores trabalhando 24 horas por dia para atender os chamados que chegam ao Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp).
Até agora, o Corpo de Bombeiros, que atua como órgão de resposta, já recebeu mais de 970 chamados.
“Estamos realizando o combate diário das queimadas provocadas na capital e interior. Felizmente, o número ainda é menor do que o registrado em 2016, e isso direciona nossas atividades. O Estado coordena as ações definidas na Sala de Situação, e a determinação é agir de maneira mais rigorosa”, destacou Roney Cunha, comandante-geral do CBMAC.
Força-tarefa Casa Civil
A Sala de Situação está ligada ao gabinete do governador Tião Viana. A reunião foi acompanhada pela secretária-chefe da Casa Civil, Márcia Regina Pereira. A gestora lembra que mais uma vez o poder público se coloca como articulador e quer contar com a parceria da população no combate aos crimes ambientais.
“Já temos várias ações de fiscalização em curso e estamos multando aquelas pessoas que foram notificadas anteriormente. Pedimos o apoio do Ministério Público Estadual (MPE) e do Exército. Vamos entrar com força total, pois a população precisa ter consciência dos danos que as queimadas podem causar”, afirmou Márcia Regina.