Com o intuito de prevenir e tratar doenças agrícolas, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) realiza durante toda a semana o monitoramento e a inspeção de propriedades rurais em Porto Acre.
A ação, que se iniciou nesta terça-feira, 2, tem como foco a prevenção do moko da bananeira, doença bacteriana diagnosticada em todos os estados da Região Norte, exceto no Acre.
Para continuar como área livre da praga, o governo do Estado tem intensificado as fiscalizações, garantindo a alta produtividade da fruta e o crescimento econômico do setor produtivo.
Em sua propriedade, localizada no quilômetro 49 da AC-10 (Porto Acre), Maria Marta Marques cultiva seis hectares de banana. Segundo ela, o apoio do Idaf gera segurança aos produtores. “Pra gente é muito bom, pois eles visitam, avaliam e nos dizem o que temos que fazer para garantir uma boa safra”, salientou.
Joelma da Silva Pais, gerente de Defesa e Inspeção Sanitária Vegetal, explica que o papel do Idaf é monitorar, combater e controlar todas as doenças e pragas de vegetais no estado.
Sigatoka-negra
A operação em Porto Acre também tem como foco a prevenção, combate e controle da sigatoka-negra – doença fúngica que ataca as folhas das bananeiras, interferindo no crescimento do fruto.
O estado, que produz mais de 100 toneladas de banana por ano, comercializa parte da produção para Rondônia, Amazonas e Mato Grosso.
Para ampliar mercado, gerar emprego e aumentar a renda familiar dos agricultores, o governo elabora, por meio do Idaf, secretarias de Agricultura e Pecuária (Seap) e Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), um sistema de mitigação de riscos, que deve ser implantado até o fim da gestão do governador Tião Viana.
“Esse trabalho de combate e controle da sigatoka-negra já é realizado no Acre há algum tempo. Paralelamente, passamos a desenvolver inspeções preventivas do moko da bananeira. Quando o sistema for implantado, os produtores aptos a exportar poderão vendar a banana para estados livres da sigatoka”, frisou o agrônomo do Idaf Pedro Arruada.
Os dados recolhidos durante as inspeções são repassados para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A operação compõe as metas estabelecidas no convênio SUASA n◦ 835506/2016/MAPA/SFA/AC-IDAF.
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