Junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Fundo Amazônia apoia mais de 70 projetos em todo o país, para ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e de promoção da conservação e do uso sustentável das florestas no Bioma Amazônia. No Acre, cerca de 80% dos recursos repassados pelo fundo já foram executados em sua primeira fase.
Desde 2010, os investimentos impulsionam projetos no estado, fortalecendo sua vocação econômica para a produção florestal sustentável, com redução do desmatamento e da degradação ambiental.
Segundo informações do secretário de Meio Ambiente, Edgard de Deus, o Acre captou do Fundo Amazônia, até o momento, R$ 60 milhões para o financiamento do projeto Valorização do Ativo Ambiental Florestal, quase R$ 17 milhões para o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e mais R$ 15 milhões para o reaparelhamento e fortalecimento institucional do Corpo de Bombeiros Militar do Acre.
Ao antever o aporte de possíveis novos investimentos, o Estado já elabora outros projetos, sobretudo com foco no combate ao desmatamento.
“Estamos visando recursos para o Centro de Comando e Controle, para o fortalecimento nas áreas de fiscalização de desmatamento e queimadas, assim como para a produção sustentável, regularização fundiária e benefícios para comunidades indígenas”, frisou o gestor.
Reconhecimento
Os resultados dos investimentos executados até o momento já foram conferidos fora do estado e até do Brasil. Este ano, por exemplo, a Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF) apontou o Acre como uma das lideranças em boas práticas ambientais, durante o 13º Fórum de Governadores da Amazônia Legal, realizado em Macapá (AP).
O GCF é um grupo formado por 35 estados de nove países que procura avançar em programas jurisdicionais projetados para promover o desenvolvimento rural com baixas emissões de carbono, reduzir as emissões do desmatamento e o uso da terra e relacionar essas atividades com redução na emissão de gases de efeito estufa, além de outras oportunidades de remuneração.
“A história do Acre é muito interessante, porque é muito diversa. Não é só madeira, não é só seringa, não é só açaí, não é só a intensificação da agropecuária, é tudo isso junto que compõe os avanços do Acre. Outro ponto interessante é a boa relação do governo do Acre com os povos indígenas, e isso é muito importante, porque são essas as pessoas que vivem na floresta. O governo também possui uma visão de fazer desenvolvimento ambiental e social da mesma forma em todo o estado, o que é muita coisa”, frisou a diretora do Projeto GCF Colleen Scanlan Lyons, durante o evento.