Os dados divulgados são do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e mostram o resultado do levantamento bianual sobre o desmatamento na região. O Acre reduziu seus índices de desmatamento em 32%. Os números foram discutidos nesta quarta-feira, 23, na Sala de Situação do Corpo de Bombeiros, durante reunião dos órgãos da área ambiental.
Criado em 1990, o Imazon realiza pesquisas periodicamente. A última, que se baseia no Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), comparou os números no período de agosto de 2016 a julho de 2017.
No apanhado geral, a região apresentou redução de 21% nos indicadores. Quando comparado ao resultado anterior, 2015/2016, o desmatamento na Amazônia foi de 2.834 km², o equivalente a quatro vezes a área da cidade de Salvador, capital da Bahia.
No Acre, apenas 0,91% de sua área de floresta sofreu degradação. O levantamento do Imazon é feito paralelamente ao do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Os números do Inpe em 2017 devem ser divulgados nos próximos dias. Segundo Edegard de Deus, secretário de Estado de Meio Ambiente, os dados preliminares refletem o resultado das políticas públicas de conservação implementadas pelo governo estadual.
“Essa é a confirmação de todo o esforço do governo, tanto na parte de fiscalização quanto nos incentivos para exploração das áreas abertas. Várias são as alternativas oferecidas para que se tire da floresta o que ela tem de melhor, gerando emprego e renda e mantendo-a de pé”, afirmou o secretário
Sala de Situação
Durante reunião da força-tarefa de combate ao desmatamento do governo do Acre, na Sala de Situação, foram apresentados os dados semanais de órgãos como o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), Corpo de Bombeiros Militar (CBMAC), Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) e Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC).
Até agora, os satélites que monitoram as regiões do Acre registraram 1.038 focos de calor. Em relação às queimadas urbanas, o CBMAC já atendeu 2.043 ocorrências.
“No mês de agosto, já são 524 focos de calor – um pequeno aumento em relação a julho, até por conta das condições climáticas. Tarauacá, Feijó e Cruzeiro do Sul seguem no topo do ranking de queimadas”, afirmou o major Cláudio Falcão, do CBMAC.
Monitoramento e fiscalização
As estações de monitoramento hidrometeorológico registraram chuvas acima da média em cinco regiões do estado. Na capital, a precipitação pluviométrica ficou abaixo do esperado, com apenas 10,6 milímetros.
Imac, Ibama e o Batalhão Ambiental da Polícia Militar seguem com as operações. No último fim de semana, os agentes públicos estiveram no projeto de assentamento Porto Luís II, em Acrelândia.
“As ações foram intensificadas para que possamos contabilizar as atitudes ilícitas, como o desmatamento e as queimadas. Neste momento, estamos atuando para que essas áreas já desmatadas não sejam queimadas”, afirmou Paulo Viana, diretor-presidente do Imac.