Construído ao longo da BR-364, o Complexo Industrial Florestal de Tarauacá tem o grande potencial de geração de empregos na região, além de se tornar a ponta final na cadeia produtiva madeireira comunitária.
Objetivando a ampliação deste potencial, o governo do Estado estuda parceria público-privada para início das atividades do empreendimento.
O uso consciente dos recursos naturais é a base da economia acreana, e este modelo é totalmente aplicado ao manejo florestal.
“A floresta só se mantém com essa exuberância porque tem a mesma dinâmica do ser vivo: nasce, cresce e morre, ou seja, sofre alterações naturalmente. Nós precisamos do recurso e com o manejo temos a chance de usá-lo de maneira racional, com menor impacto”, explica o engenheiro florestal, mestre em Ciências em Florestas Tropicais do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Marco Antônio Amaro, em publicação da Agência Notícias do Acre.
Com essas bases éticas do desenvolvimento sustentável em foco, um grupo empresarial de Santa Catarina, Sollos, está apresentando uma proposta para utilização do Complexo Industrial. Canizio Frank, representante do grupo, esteve em Tarauacá no sábado, 26, para avaliar o espaço.
“Isso aqui é uma mina de ouro. Se houver o entendimento entre empresa e governo, será uma maravilha. Aqui tem material de qualidade e está muito bem instalada. Quando estiver em pleno funcionamento, pode gerar 500 ou 1000 empregos, ter faturamento. Vai ser muito bom para o estado”, afirmou Frank, apontando para os equipamentos.
O governador Tião Viana também esteve presente durante a vistoria e falou sobre o impacto das atividades na região. “O que o governo quer é emprego e renda para a população. Fizemos um investimento de R$ 20 milhões nesta indústria e agora temos um grupo empresarial forte interessado em tocar a atividade, usando a madeira de modo sustentável e gerando renda para as comunidades locais”, afirmou.
O Manejo florestal madeireiro é uma das atividades que contribuem na renda das famílias que habitam as quatro florestas públicas estaduais: do Antimary, Mogno, Liberdade e Gregório. Além do manejo comunitário, no entorno da indústria há áreas particulares licenciadas para o devido uso dos recursos madeireiros.