A Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE), por meio da Diretoria de Ensino, realizou esta semana diversas audiências públicas para ouvir as comunidades sobre a implementação de mais quatro escolas em tempo integral, sendo três no interior e uma em Rio Branco, mais especificamente no bairro Cidade do Povo.
A professora Rúbia Cavalcante, diretora de ensino da SEE, foi até Brasileia, Cruzeiro do Sul e Tarauacá, onde se reuniu com professores, gestores, alunos e também com pais e responsáveis, para apresentar o modelo e a proposta pedagógica das escolas de tempo integral.
Nesta sexta-feira, 15, a audiência pública foi na escola Raimunda Silva Pará, na Cidade do Povo, a pedido da própria comunidade escolar. O gestor da unidade, professor Jocélio Trindade, disse que nas reuniões com a comunidade sempre é apresentada a solicitação de uma escola integral na região.
Nos encontros, Rubia Cavalcante faz questão de apresentar a proposta pedagógica, a realidade e os números da educação no Brasil, sobretudo no que diz respeito ao ensino médio, lembrando como exemplo o caso de Pernambuco, que tinha os piores índices educacionais para a liderança do ranking dos Estados.
“A escola de tempo integral traz um outro modelo pedagógico em que o aluno fica na escola o dia inteiro e onde se tem uma organização curricular diferente, uma proposta pedagógica diferente, sendo uma escola acolhedora, onde o aluno gosta de estudar”, destacou a diretora de ensino da SEE.
De acordo com o gestor da Raimunda Pará, a implementação de uma escola em tempo integral na Cidade do Povo é um anseio da comunidade. “Em nossas reuniões, é cobrado por alguns pais que pedem para a gente pleitear esse modelo de escola”, disse.
A audiência foi realizada com a presença dos alunos do ensino médio. Alexandre Pereira Lima, que está no segundo ano, fez questão de dizer que esse modelo de escola vai ajudar a tirar muitos jovens da rua. “Muitos ficam a tarde sem fazer nada, no meio da rua, aprendendo coisas ruins, por isso essa proposta é muito importante para ajudar os alunos”, frisou.
Quem gostou do encontro foram os pais e responsáveis. Para Adalcimar de Oliveira Braga, que tem filho estudando na Raimunda Pará, a proposta de uma escola de ensino integral é muito boa, porque o fato de o aluno estudar o dia todo aumenta as chances de aprendizado.
“Se dependesse de mim, meu filho estudava o dia todo, porque é muito melhor, já que à tarde ele não faz nada e eu trabalho com caminhão e passo um mês, dois meses fora. Então, é um modelo que seria muito melhor”, afirma Braga.