Gestores da área da saúde, médicos, enfermeiros, professores, estudantes e representantes da comunidade participaram do Seminário de Regionalização e Redes de Atenção à Saúde, realizado pela Secretaria de Estado de Saúde, por meio da Secretaria Adjunta de Planejamento e Gestão.
O evento aconteceu durante toda esta terça-feira, 19, no Anfiteatro Garibaldi Brasil, na Universidade Federal do Acre (Ufac), tendo como tema central o fortalecimento da Atenção Primária, cuja agenda já vem sendo construída com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), visando desenvolver um planejamento integrado para que os problemas da população sejam resolvidos em nível local, no próprio município.
“Já fizemos dois encontros com a equipe do Conass, para discutirmos o planejamento integrado e regionalizado, no sentindo de se propor diretrizes e ações, visando dar uma qualidade melhor a assistência prestada à saúde. Hoje, as Upas atendem basicamente 60% do que deveria ser atendido na Atenção Básica. E o planejamento integrado vem corrigir isso, um vez que esse planejamento ocorrerá por regional, dentro de suas especificidades. Trazendo uma expectativa de que os problemas da população sejam resolvidos no próprio município”, ressalta João Francalino, diretor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da Sesacre.
Defendendo as redes de Atenção à Saúde, e o papel da Atenção Primária na sua Organização, o consultor renomado na área da saúde, o professor e cirurgião dentista, Eugênio Vilaça Mendes, que nos últimos anos tem se dedicado integralmente a estudar e pesquisar o assunto no Brasil e em outros países, falou sobre a necessidade de promover mudanças, tanto no modelo de atenção à saúde, quanto nos modelos de gestão e financiamento do sistema, levando em consideração aspectos regionais e estruturais de cada região.
“A regionalização do SUS é uma das estratégias prioritárias para se conseguir avanços, favorecendo o acesso às ações e serviços de saúde. Quando se organiza a Atenção Primária, a gente consegue derrubar as internações hospitalares, por exemplo”, destaca.