Além de ser mais rentável para os produtores, a diversificação da produção tem impacto positivo e direto no meio ambiente. Com R$ 137 milhões em execução neste segmento, o governo do Estado tem apostado numa política de desenvolvimento sustentável, responsável pela transformação da realidade econômica e social dos acreanos.
Na terça-feira, 19, a secretaria de Estado Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) beneficiou os agricultores de Manoel Urbano com doação de cinco toneladas de sementes de milho, caixas para criação de abelhas nativas, kits de alimentação para aves e equipamentos para a construção de hortas.
A solenidade, promovida no Centro Cultural do município, reuniu produtores da comunidade Gleba Santo Antônio e Projetos de Assentamentos Nazaré, Aleluia, Liberdade e Castelinho.
Contemplado com sementes de milho, o agricultor Geraldo Bispo de Almeida, de 72 anos, destacou a importância da parceria com o governo. “Utilizo o milho como ração para os meus animais, galinha e porcos. Vivo da minha agricultura, tranquilo, só de boa. Como o que planto, e graças a Deus sou muito feliz”, salientou.
Ao todo, a Seaprof vai realizar a entrega de 40 toneladas de sementes do grão, com apoio do Fundo Amazônia, nos municípios de Sena Madureira, Bujari, Manoel Urbano, Feijó e Tarauacá.
“O governador Tião Viana tem apostado na diversificação da produção e melhoria da qualidade vida dos agricultores familiares. Nas próximas semanas, realizaremos o lançamento do Plano Agrícola de Manoel Urbano, reafirmando o compromisso do Estado com esse segmento tão importante para o desenvolvimento do Acre”, frisou João Thaumaturgo Neto, secretário da Seaprof.
Meliponicultura
Proprietária de uma área de cinco hectares, Marta Milena Aguiar decidiu diversificar sua produção e apostou na cadeia produtiva do mel, da abelha nativa. Contemplada com caixas para acomodar as colmeias, a agricultora acredita no sucesso do investimento.
“Tenho uma área pequena, então estou apostando na diversificação da produção, especialmente, no plantio de frutos como maracujá e abacaxi, e criação de galinhas, porcos e abelhas. A facilidade do trabalho com as abelhas me atraiu, e acredito que dará muito certo”, explicou a produtora e presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Manoel Urbano.
Já Francisca Eudocia Lima conta que deixou de praticar a utilização de fogo para manter as abelhas vivas e produtivas. “Eu estava limpando a minha propriedade e encontrei uma colmeia, não tive coragem de colocar fogo nelas. Foi quando decidi buscar apoio para investir nessa cadeia que tem um retorno financeiro muito positivo”, destacou.
Atualmente, mais de 700 produtores em todo o Acre, atuam na cadeia produtiva do mel, impulsionada pelo Estado, por meio da Seaprof. A meliponicultura, além de contribuir com a conservação do meio ambiente, gera renda para essas famílias, uma vez que o mel da abelha nativa tem maior preço de mercado.