Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontaram que o Acre registrou 472 focos de calor apenas nos primeiros cinco dias deste mês de outubro. O levantamento utiliza as referências do satélite Aqua MT, que monitora toda a Amazônia Legal.
Nos dados consolidados desde ano, foram 149.960 registros nos oito estados da região. O Pará lidera o ranking negativo, com 43.703 ocorrências. Na sequência aparecem Mato Grosso, com 37.264, e Tocantins, com 19.084 focos de calor.
“O clima está se comportando de maneira diferente, com poucas chuvas, baixa umidade relativa do ar, altas temperaturas e ventos mais fortes. Os indicativos que temos apontam que em setembro choveu 20% a menos. O momento é completamente atípico e isso reflete na realidade dos municípios de todo o estado”, disse o secretário de Meio Ambiente do Acre, Edegard de Deus.
O Acre permanece na sétima posição entre os nove estados. Até agora foram 5.908 focos de calor de 1° de janeiro a 5 de outubro de 2017. É nos projetos de assentamento e áreas particulares que os órgãos de fiscalização e controle de queimadas têm atendido o maior número de ocorrências.
Feijó, Sena Madureira e Tarauacá ocupam os primeiros lugares entre os municípios com mais queimadas e incêndios, no acumulado anual. No décimo mês do ano, Xapuri, Sena Madureira e Epitaciolândia foram os que mais queimaram.
“As ações de combate continuam, mesmo que estejamos em situação mais favorável. O Estado colocou uma grande estrutura de prontidão para o combate, e estamos atacando os pontos mais críticos, segundo nossa análise. O trabalho de repressão segue em todas as regionais”, afirmou Paulo Viana, diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre.