Foi em um auditório lotado de adolescentes, estudantes do ensino médio da Escola José Rodrigues Leite, no Centro de Rio Branco, que a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), por meio da Divisão de Vigilância em Saúde, realizou o dia “D” da Campanha de Combate à Sífilis, na manhã desta quarta-feira, 25.
A campanha tem como objetivo sensibilizar os profissionais da saúde para que recomendem a suas pacientes a realização do diagnóstico durante o pré-natal. Além disso, uma das metas da ação, é incentivar o uso de preservativos entre o público jovem, e falar sobre o diagnóstico precoce para o tratamento e cura da doença.
De acordo com a gerente do Departamento de Vigilância Epidemiológica do Estado, Eliane Costa, a parcela mais jovem da população precisa ser constantemente alertada sobre cuidados e prevenção, além da importância do uso do preservativo.
“O público alvo foi escolhido por se apresentar um maior índice nesse grupo de adolescentes e pré-adolescentes. Infelizmente, a gente vive uma epidemia de sífilis no âmbito de país. Portanto, temos que fortalecer e conscientizar a população, em especial os adolescentes, para que façam sexo seguro”, destaca.
Segundo o Ministério da Saúde (MS), o público adolescente é o que menos usa camisinha. Pesquisa de Conhecimento, Atitudes e Práticas indica queda no uso regular do preservativo entre os que têm de 15 a 24 anos, tanto com parceiros eventuais – de 58,4% em 2004 para 56,6%, em 2013 – como com parceiros fixos – queda de 38,8% em 2004 para 34,2% em 2013.
Ainda de acordo com a pasta, todos os tipos de sífilis – adulto, em gestantes e congênitas (em bebês) têm aumentado. Entre os anos de 2014 e 2015, os registros aumentaram 32,7%, 20,9% e 19%, respectivamente.
Cursando o primeiro ano do ensino médio, o estudante Alexandre Dantes, de 15 anos, conta que tinha poucas informações sobre a doença. “A gente quase não fala sobre doenças sexualmente transmissíveis em casa. Na escola é mais fácil. Eu nunca namorei, mas agora sei que a camisinha é a melhor maneira de se proteger”, diz.
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. É transmitida por relação sexual com uma pessoa infectada ou pela mãe infectada para a criança durante a gestação ou o parto. A doença pode ser diagnosticada por meio de testes rápidos disponíveis nas unidades básicas de saúde.
Para as gestantes, o procedimento é pedido já na primeira consulta de pré-natal.