“Se a população compreendesse a grandiosidade do que estamos realizando no Acre, salvando e mudando vidas, não teríamos tanta recusa em doar órgãos no Estado.” A frase é da coordenadora da Central de Transplantes do Acre, Regiane Ferrari, ressaltando que, proporcionalmente, o Acre, único estado da Região Norte com programa de fígado ativo, realiza mais transplantes do que a Grande São Paulo.
Não por acaso, o estado vem se destacando nos últimos anos entre os que mais realizam transplantes de fígado por milhão de população (PMP). No sábado, 11, o sucesso de mais uma cirurgia tirou da fila de transplantes Josuel Alves da Silva, de 53 anos.
O paciente, que sofria de disfunção hepática, aguardou por quatro meses o procedimento. A doação veio por meio de um gesto de amor da família de um homem de 27 anos, natural de Goiânia (GO), que faleceu vítima de acidente de trânsito. O fígado foi transportado por uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), chegando durante a madrugada de sábado.
De 2006 para cá, 11 anos desde a criação da Central de Transplantes, o Acre já realizou 316 transplantes apenas no Hospital das Clínicas. Desse total, 28 foram de fígado, 89 de rim, e 199 de córneas. Somando com os mais de 300 acreanos que foram transplantados via TFD (Tratamento Fora de Domicilio), o estado já contabiliza mais de 600 procedimentos.