Salvar vidas. Com esse intuito, Policiais Rodoviários Federais e alunos do curso de oficiais da Polícia Militar do Acre participaram na última quarta-feira, 6, de uma palestra sobre doação de medula óssea, realizada em parceria com o Instituto Nacional de Apoio a Vida (Invida).
A conversa destacou a importância de ser doador de medula óssea, esclareceu dúvidas sobre o assunto, apresentou as condições do que é preciso para ser um doador, e principalmente, estimulou os participantes a se cadastrarem.
O estado do Acre conta apenas com 7 mil doadores cadastrados, número esse considerado pequeno para a quantidade de habitantes, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de mais de 816, 6 mil pessoas.
Quésia Nogueira, gerente do Hemoacre, ressalta que a chance de encontrar um doador de medula óssea compatível, é de 1 a cada 100 mil. “É importante todos saberem a importância de ser um doador, e a dificuldade de encontrarmos um compatível para quem precisa. Às vezes, só se passa a entender isso, quando alguém próximo ou algum familiar precisa”.
O transplante de medula é um dos tratamentos para a leucemia, câncer que ataca os glóbulos brancos, causando anemia, infecções e hemorragias, além de dores nos ossos e articulações, quando não é possível o tratamento por meio de medicamentos.
Durante a palestra, cerca de 50 oficiais realizaram cadastro para serem doadores.
O Policial Rodoviário Federal Bruno Souza, enfatiza sobre a ação e quando surgiu a ideia. “Somos parceiros nessa causa junto com a Polícia Militar, que começou na UFAC no dia do combate ao câncer infantil. A nossa missão é salvar vidas, e uma dessas etapas, é conscientizar a população desse ato humanitário sendo um doador de medula óssea”.
Para ser doador, é necessário ter entre 18 e 55 anos e sentir-se bem de saúde, se dirigir ao Hemoacre, que funciona de segunda a sábado das 07 às 19 horas, portanto um documento de identidade e fazer um cadastro. Uma amostra de 5 ml de sangue é coletada para testes, que determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente.
Ao fazer o cadastro, os dados ficam registrados no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), que é coordenado pelo o Instituto Nacional do Cancêr (Inca), caso haja compatibilidade, será chamado para doação da medula.