Rica em biodiversidade, a Área de Proteção Ambiental (APA) do Lago do Amapá, localizada em Rio Branco, celebra nesta terça-feira, 26, doze anos de criação e conservação ecológica.
Gerida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), a unidade de conservação de uso sustentável permite a coexistência de áreas de interesse para preservação e atividades socioeconômicas urbanas e rurais. Ao todo, 190 famílias vivem no local em comunhão com o meio.
A APA do Lago do Amapá destaca-se por adequar as atividades econômicas e a conservação do espaço, garantindo ao mesmo tempo desenvolvimento sustentável e qualidade de vida aos comunitários.
Com 5.208 hectares de extensão, a unidade de conservação caiu na graça dos rio-branquenses que recorrem ao local para realizar atividades de integração com o meio, como trilhas e piqueniques.
Mirna Caniso, gestora da APA, observa que a área se diferencia por possuir uma gestão de caráter dinâmica do território, moldável pelas contribuições políticas e socioeconômicas.
“A perspectiva de gestão da APA é diferenciada, pois contribui com a mobilização e sensibilização para o ordenamento territorial, que se desenvolve através da interlocução direta com o poder público local, partilhando uma gestão mais ampla do território, inclusive em áreas privadas”, salienta a gestora.
Com 87% de floresta nativa, o Acre concentra 22 Unidades de Conservação (UCs) e 36 Terras Indígenas reconhecidas – 47,9% do território protegido por lei.
Processo de criação
A unidade de uso sustentável foi implementada em 2005, na gestão do então governador Jorge Viana. A proposta de transformar o local em uma área de proteção ambiental partiu da comunidade e foi amplamente apoiada pelo Estado.
Outro parceiro gestor importante é o Conselho Consultivo da Área de Proteção Ambiental Lago do Amapá. Com a missão de propor projetos que garantam os atributos sociais, ambientais, paisagísticos e de proteção da UC, o organismo é atuante e faz a diferença no processo de cogestão.
Perspectivas para 2018
Com o crescimento do turismo de base comunitária no local, para 2018 a Sema planeja realizar a sinalização da unidade, em parceria com o coletivo Travessias na Floresta que tem estimulado a promoção da Trilha do Lado do Amapá. A procura por trekking na APA se reflete no aumento da demanda da oferta de serviços, fomento o ecoturismo e a geração de emprego e renda na comunidade.
A área de proteção ambiental também é utilizada para estudo e pesquisas científicas, pelas academias e instituições de ensino.
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