Visando assegurar a defesa vegetal das fronteiras do Acre e para saber como atuar, caso a praga que afeta frutos do cacau e cupuaçu sejam identificadas em propriedades do Estado, um grupo de servidores do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf/AC) concluiu nesta semana, uma qualificação promovida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) com apoio da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), em Porto Velho (RO).
Seis servidores do Idaf/AC ficaram por 10 dias no estado de Rondônia participando de atividades em três turnos, no Curso de Emergência Fitossanitária em Monilíase do Cacaueiro.
“Graças a Deus só tivemos ganhos, de conhecimento, nos fortalecemos e dividimos experiências de trabalho. Foi incrível o aprendizado que tivemos e compartilhamos com colegas de outros Estados. Todos se dedicaram e empenharam-se em todas as atividades propostas durante esses dias. Mais uma vez, agradecemos a direção do Idaf pela confiança e oportunidade que tem depositado na nossa equipe”, disse Ligiane Amorim, engenheira agrônoma do Idaf/AC.
As equipes participaram de atividades de exercício simulados em campo e em gabinete. Entre elas, simulação de atendimentos de notificação da suspeita de foco da monilíase do cacaueiro.
Além disso, os servidores do Idaf/AC destacaram-se ao apresentar um trabalho sobre como deveriam atuar de um possível foco de monilíase em Rondônia.
Multiplicadores de conteúdo
Joelma Pais, gerente do Departamento de Defesa Vegetal do Idaf, participou da qualificação em Rondônia e salienta que além de aprender as metodologias para debelar uma possível entrada da monilíase no Acre, a equipe será multiplicadora dos conhecimentos adquiridos na qualificação para outros técnicos do Estado.
“Tanto do Idaf, quanto de outras secretarias de governo, como, por exemplo, Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), que atuam diretamente com a área de produção”, afirma Joelma Pais.
Técnicos do Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Pará, Paraná, Bahia e do Peru também participaram da qualificação.
Ação preventiva
Ronaldo Queiróz, diretor-presidente do instituto, ressalta que ainda não há relatos de que a monilíase do cacaueiro tenha sido encontrada em território brasileiro, mas lembra que a praga já foi encontrada na Bolívia, a cerca de 50 quilômetros do território acreano.
“Estamos atuando preventivamente porque sabemos o quão perigosa é a monilíase. Ela devasta plantios de cacau e cupuaçu. Aqui na nossa região temos muitos produtores que cultivam o cupuaçu e não podemos deixar que isso afete nossa produção. O Idaf está atuando e o governo tem nos prestado suporte para isso. Mas precisamos que os demais estados também estejam vigilantes”, concluiu o presidente.
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