Educadores e educadoras ambientais acreanos participam da 1ª Oficina de nivelamento sobre objetivos e métodos para o Plano Estadual de Educação Ambiental (PEEA) promovida nesta segunda e terça-feira, 23 e 24, em Rio Branco. O evento, que é um desdobramento do encontro de 2017, é uma realização do governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), em parceria com a WWF.
A atividade reúne agentes ambientais das diversas esferas de poder: instituições parceiras e sociedade civil organizada, como os membros da Rede Acreana de Educação Ambiental e da Comissão Estadual de Educação Ambiental e a juventude.
Segundo a chefe da Divisão de Educação Ambiental da Sema, Fátima Silva, a temática é transversal e necessária. “A educação ambiental é o centro de tudo, porque nos possibilita a transformação da sociedade. Hoje a gente discute ações cotidianas valiosas, como o banho de cinco minutos, fechar a torneira ao escovar os dentes, mas ainda mais importante é o acesso à água. E essa é uma pauta, de inclusão, que nós estamos debatendo, pois educação ambiental são inclusão e direitos humanos”, salientou.
O primeiro encontro permitiu uma maior interação entre os agentes ambientais. Neste, os coletivos visam mapear as atividades promovidas em todo o estado, bem como identificar situações onde ações socioambientais sejam necessárias.
“Estaremos instrumentalizando educares e educadoras ambientais de todo o Acre, para que possam voltar as suas bases e realizar esse mapeamento social. Esse é o primeiro passo para possamos construir o nosso Plano Estadual de Educação Ambiental”, frisou o analista de conservação da WWF, Flávio Quental.
Agroecologia
Entre as temáticas abordadas no encontro, destaca-se a agroecologia. Professores, alunos do Instituto Federal do Acre (Ifac) e agricultores de orgânicos participam da atividade, a fim de contribuir com o debate.
Joana Dias, professora do Ifac e membro da Rede Acreana de Educadores Ambientais, observa: “A gente tem uma visão de transversalidade da educação ambiental. Precisamos entender que agricultura não se faz apenas no campo. Esse dialogo com as cidades é essencial, para que a própria cidade se perceba como demandante de um alimento saudável”, destacou.