Nesta sexta-feira, 27, o governo do estado por meio da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) realizou um dia de campo para apresentar resultados da pecuária leiteira a partir da utilização de novas tecnologias. O evento foi realizado em Vila Campinas.
Alunos do Instituto Federal do Acre (Ifac) e Universidade Federal do Acre (Ufac) além de técnicos e produtores rurais participaram do evento.
Por meio do Programa de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (PDSA II), a Seaprof oferece assistência técnica aos produtores rurais. Na cadeia de valor da pecuária leiteira são aplicadas novas tecnologias para a verticalização da produção agregando melhores condições no campo e aumento da renda para o produtor.
“Nosso objetivo é mostrar para técnicos, alunos e produtores que é possível inserir tecnologias básicas dentro de uma propriedade rural objetivando maior lucro. Queremos difundir que uma pequena propriedade em tamanho, pode se tornar grande em produção”, explicou o Gestor da cadeia de valor da Seaprof, Francisco Lopes Dantas.
As novas tecnologias envolvem estratégia de alimentação da vaca leiteira, desde a produção de alimento volumoso, utilização de calcário, ordenha, correção de solo, adubagem, divisão de pastagem, as quais foram empregadas na propriedade do produtor Marcos Minori, que ressalta os avanços na produção a partir dessa assistência.
“Esse projeto só veio complementar e ajudar muito na produção e na minha renda, eu comecei tirando apenas 4 litros de leite diário, com ajuda dos técnicos a produção triplicou. Agora eu consigo armazenar 1324 litros de leite no tanque de resfriamento, antes eu tentava de todas as formas e não dava certo, sem esse apoio seria quase impossível eu alcançar esses resultados, ” disse o agricultor.
Acompanhando as atividades, Socorro Ribeiro, Presidente da Emater/Acre, ressalta a necessidade de o produtor dar continuidade ao programa.
“Nós só conseguiremoss essa resposta se o produtor entender que ele precisa dar continuidade ao programa que lhe foi apresentado e aqui observamos que o sr. Marcos entendeu a importância de seguir essas orientações. É gratificante vermos a satisfação do produtor a partir desses incentivos, ” ressaltou a diretora.
Fomentar a produção familiar nas diversas cadeias produtivas com esse objetivo o engenheiro agrônomo, Lourival Marques sempre esteve apoiando as ações desenvolvidas no setor.
“Com a utilização de práticas sustentáveis no manejo de pasto é possível trabalhar numa área considerada degradada e torná-la produtiva, ao longo dos anos tenho acompanhado esse processo e observado o quanto vale a pena os investimentos no setor, ” destacou Lourival.
Alexandre Benvindo, Técnico da Seaprof, explica como ocorreu o acompanhamento nesta propriedade rural.
“Nós prestamos assistência técnica personalizada, a partir do perfil individual de cada produtor, aqui nessa propriedade foi feita análise de solo, identificamos a necessidade que era de calcário e adubação, a partir daí o pasto foi dividido em piquetes para que fosse possível otimizar a utilização da forragem e garantir um pasto de melhor qualidade. Além disso, fazemos o controle econômico e zootécnico da propriedade, ” pontuou Alexandre Benvindo.
Durante a amostragem o estudante Marcos Cardoso se demostrou surpreso, ele afirma que serviu como um despertar profissional.
“Meu desejo era desenvolver trabalhos no setor da agricultura. A partir do que nos foi apresentado, passei a entender melhor a forma correta de se trabalhar a pecuária leiteira e pretendo me formar e atuar nessa área,” disse.
Incentivos no setor
Ao longo dos 16 anos os investimentos na cadeia produtiva do leite ultrapassam os R$ 10 milhões, incluindo os incentivos à indústria, incentivos aos produtores, mão de obra, ordenhas mecânicas, equipamentos básicos, equipamentos agrícolas, insumos, tanques de resfriamento, , capacitações, entre outros.