Várias instituições do Acre se uniram na manhã terça-feira, 19, para assinar junto com o Ministério Público do Trabalho (MPT), através da Procuradoria Regional do Trabalho da 14ª Região, um termo de cooperação pelo projeto “Se a vida ensina, eu sou aprendiz”, que tem o objetivo de inserir jovens em vulnerabilidade social, principalmente socioeducandos, no mercado de trabalho, dando uma chance de aprender uma profissão e mudar de vida.
A cerimônia realizada no auditório do Ministério Público do Acre (MPAC) contou com a presença do governador Tião Viana e representantes do próprio MPAC, Procuradoria Regional do Trabalho, Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), prefeitura de Rio Branco e entidades como a Federação das Indústrias do Acre (Fieac), Federação do Comércio (Fecomércio) e o Sistema S, que oferece cursos de capacitação.
Tião Viana ressaltou a importância de um projeto como esse que valoriza jovens em situação de vulnerabilidade, indo de encontro com o que é proposto pelo sistema de garantias de direitos da criança e do adolescente. Ele lembrou que o Estado já trabalha projetos sociais com jovens infratores como o Som da Liberdade, a padaria que conta com os jovens das unidades do ISE na produção, hortas comunitárias e oficinas de artes plásticas e estética.
“É uma ação virtuosa que reúne todas as instituições do estado num ato de cooperação, fazendo com que o adolescente tenha uma integração com experiências profissionais que sejam virtuosas. Ao mesmo tempo em que temos uma geração inteira cooptada pela força do narcotráfico, estamos nos unindo aqui para poder elevar a oportunidade de um destino melhor”, destaca o governador.
Motivação pelo sucesso
Segundo o procurador do Trabalho, Anderson Luiz da Silva, o projeto “Se a vida ensina, eu sou aprendiz” foi um grande sucesso em Rondônia, gerando altas expectativas de resultados positivos no Acre ao unir tantas instituições em torno da proposta.
“A nossa intenção é trazer uma alternativa aos adolescentes em situação de vulnerabilidade social, inclusive aqueles que são vítima de trabalho escravo, trabalho infantil e cumprem medidas socioeducativas. Se todas as engrenagens funcionarem, nós temos certeza absoluta que o trabalho iniciado hoje será um passo importantíssimo pra melhora da condição social da nossa população”, ressalta o procurador.
Anfitriã da assinatura do termo de cooperação, a procuradora-geral de Justiça do Acre, Kátia Rejane completa: “É um momento de comemorar essas parcerias, porque temos um trabalho já grande nessa área e nossos promotores, ao identificar os adolescentes aptos para entrar no programa, vão dar as providências necessárias”.