A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), por meio da Central Estadual de Transplantes e do Conselho Regional de Medicina (CRM), capacita médicos que atuam em áreas críticas dos hospitais, como UTIs, para realizar o protocolo de determinação de morte encefálica, condição determinante para a doação de órgãos para transplante.
A atualização atende as novas regras do Conselho Federal de Medicina (CFM), resolução 2.173/17, publicada no fim do ano passado, no Diário Oficial da União, que torna mais rígida a definição de morte encefálica.
O I Curso de Determinação de Morte Encefálica acontece nesta quinta-feira, 28, durante todo o dia, no auditório do CRM do Acre, na Avenida Ceará. A inscrição é feita na hora, com a disponibilidade de 140 vagas para as aulas teóricas. As aulas práticas são direcionadas ao profissionais selecionados previamente por suas unidades.
Novas regras
Entre as principais mudanças, agora os pacientes com suspeita de morte cerebral deverão ser observados por no mínimo seis horas, para então dar início ao protocolo que define a falta de atividade do cérebro. Antes, esse protocolo era iniciado assim que os médicos levantavam a suspeita de morte encefálica.
A nova resolução exige também que os dois profissionais responsáveis pelo diagnóstico de morte cerebral tenham experiência comprovada e sejam especialistas em neurologia, em medicina intensiva, neurocirurgia ou medicina de emergência. Pela lei anterior, o diagnóstico poderia ser feito por um neurologista e outro médico sem habilitação específica.
Definição legal de morte
Morte encefálica é a definição legal de morte. É a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro. Significa que, como resultado de severa agressão ou ferimento grave no cérebro, o sangue que vem do corpo e supre o cérebro é bloqueado e o cérebro morre. Após o diagnóstico de morte encefálica, não há qualquer chance de recuperação. A doação de órgãos acontece após a confirmação da morte mediante autorização da família.