Durante dois dias equipes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), órgãos de Defesa Animal do Acre, Rondônia, Amazonas e Mato Grosso e pecuaristas estarão reunidos, em Rio Branco, para debater as ações do Plano Nacional Estratégico de Prevenção e Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA).
A 3ª Reunião do Bloco I, composto por Acre e Rondônia, visa principalmente tratar da retirada da vacinação contra Aftosa a partir de 2019. Até lá, o Acre ainda deve cumprir suas duas últimas etapas de imunização de bovinos e bubalinos, uma em novembro deste ano e a última em maio de 2019.
“Acre e Rondônia fizeram o dever de casa e, por isso, estão sendo contemplados neste Bloco I. A partir de agora, o trabalho da Defesa Animal torna-se ainda mais essencial e cauteloso, porque nossas e equipes deverão garantir a sanidade do rebanho acreano. Tenho certeza que nossa equipe fará um excelente trabalho porque nós temos uma história de 20 anos no combate à Febre Aftosa e há 13 anos conquistamos o reconhecimento de zona livre”, destaca Ronaldo Queiroz, diretor-presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf/AC) e anfitrião do evento.
O coordenador do PNEFA, Plínio Lopes, explica que foi elaborada uma organização geopolítica do território brasileiro para implementar o plano que tem mais de 100 ações. “Nós teremos avanços significativos e seguros. O primeiro bloco reúne os Estados que devem ter a evolução mais breve, daí a importância de estarmos reunindo com todos os interessados dos Estados e aí incluímos tanto o setor público, quanto o privado”, afirmou Plínio Lopes.
Anselmo de Jesus, presidente da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), observou que a reunião do Bloco I é um momento oportuno para alinhar as estratégias. “Essa não é mais uma ação de governo, mas universalizada entre toda a cadeia pecuarista. Nós já erradicamos a doença e partimos para esse novo momento, com rebanho com alta segurança e, com certeza, buscando grandes mercados”, frisa o representante do Idaron.
Assuero Veronez, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (FAEAC), revela que a retirada da vacina era um passo esperado pelos pecuaristas acreanos. “Viemos de um trabalho longo, em busca dessa meta. Há mais de 20 anos estamos trabalhando, no começo foi um intenso processo de conscientização dos pecuaristas, houve um engajamento de pecuaristas e do governo pra arrecadar recursos e chegar no ponto que estamos hoje”, relembrou o presidente da FAEAC.
Veronez frisou ainda que a retirada da vacina trará ganhos para os pecuaristas na venda da carne bovina e bubalina no mercado interno, mas principalmente no mercado externo.
Apoiador da 3ª Reunião do Bloco I, o Fundo de Desenvolvimento da Pecuária (Fundepec), também tem papel fundamental nas ações realizadas do Acre no aporte ao Idaf, nas atividades de Defesa Animal.
Alcides Teixeira, presidente do Fundepec, conta que são mais de 30 funcionários do Fundo prestando apoio ao Idaf e com aporte de R$ 1,2 milhão. “O Fundepec é o parceiro mais importante nesse momento”, finaliza Teixeira.
O deputado estadual Lourival Marques concluiu destacando que esse é o momento da pecuária acreana que ganha mais qualidade e se torna ainda mais valorizada, graças às políticas públicas implementadas pelo governo do Estado e que são fundamentais para o crescimento da economia do Acre.