Muitos são os aspectos a serem destacados pertinentes à valorização dos profissionais da marcenaria no Acre. Nos últimos anos, investimentos direcionados à categoria a consolidaram como uma das principais economias do setor produtivo industrial no estado.
Desde a implantação de políticas de fomento ao setor, conquistas como a facilidade ao acesso a linhas de financiamento e a legalização das atividades foram viabilizadas. Se antes o estado já possuiu mais de 80% dos profissionais em atuação de forma ilegal, atualmente a realidade é outra.
A valorização da economia florestal foi um aspecto essencial para se pensar a reformulação dessa atividade econômica, de modo a assegurar licenciamento e regularização de empreendimentos e, consequentemente, a geração de empregos e distribuição de renda às famílias.
Indústrias e polos moveleiros
Além dos processos burocráticos que envolvem a legalizalização, o governo do Estado destinou recursos à aquisição de maquinário de ponta para atender e suprir as demandas do mercado local, instalando dezenas de empresas em polos moveleiros distribuídos pelo estado.
Com o incentivo, as portas ficaram abertas para o surgimento de novas associações e cooperativas para o melhor gerenciamento da contratação de mão de obra e gestão financeira.
Ao longo de quase oito anos, foram investidos na gestão de Tião Viana um total de R$ 54,5 milhões na construção, estruturação e infraestrutura dos polos em Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó, Sena Madureira, Epitaciolândia, Brasileia e Acrelândia.
Só na capital, por exemplo, cerca de dez empresas estão instaladas no polo localizado no Parque Industrial, o que significa a representatividade de aproximadamente 60 famílias que têm a marcenaria como fonte de renda.
Outro estímulo por parte do governo do Estado foi a mudança na aquisição de compras governamentais, que passou a beneficiar diretamente essas empresas e cooperativas. Isso porque o governo adotou um sistema de compra de mobiliário das instituições públicas que absorvesse toda a produção dos polos moveleiros.
Inovação, design e sustentabilidade
A venda garantida não se resumiu apenas ao mercado local. A produção industrial acreana já foi conhecida e aprovada em feiras nacionais e internacionais.
E enumerar esses avanços também só é possível graças aos investimentos em qualificações e consultoria em desing oferecidas aos profissionais, aliando conceitos de inovação com a contemporaneidade e a sutentabilidade, o que elevou a competitividade dos produtos fabricados no estado.
A exemplo disso, algumas linhas de objetos fabricados com base nas tradições e simbolismos do cotidiano da vida na Amazônia foram expostas, inclusive, em Milão, na Itália, e colocaram o Acre na vitrine mundial.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento da Indústria, do Comércio e Serviços Sustentáveis (Sedens), Michel Marques, a consolidação das conquistas da categoria no estado se deram graças a uma política governamental que atuou à frente de todos os processos.
“O Estado não apenas capitaneou com recursos, mas esteve em parceria o tempo todo com os profissionais, estimulando a organização social e jurídica dos empreendimentos e articulando melhorias para o setor”, enfatiza.