Zona livre de febre aftosa há 13 anos, o governo do Estado, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) e da Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seap), em parceria com a Federação de Agricultura e Pecuária do Acre (Faeac) e a Superintendência Federal de Agricultura (SFA), deu início nesta quinta-feira, 1, à 40ª fase da campanha estadual de vacinação contra a doença.
Os produtores acreanos têm o prazo de 1 a 30 de novembro para imunizar todo o rebanho. Os órgãos estimam que essa seja a penúltima etapa de vacinação contra a febre aftosa, tendo em vista que o estado se programa para realizar a retirada da vacina em 2019, tornando-se zona livre sem vacinação. No Brasil, apenas Santa Catarina possui esse status, o que agrega valor à proteína bovina comercializada.
O diretor-presidente do Idaf, Ronaldo Queiroz, destaca as políticas públicas de incentivo ao setor e reconhece o compromisso do criador em garantir a qualidade do rebanho. Confiante, ele afirma que o Acre está avançando e o mérito é para toda a cadeia produtiva, governo e produtores. “Nessa fase, todo o rebanho deve ser vacinado e os produtores têm até 15 de dezembro para apresentar a declaração de imunização dos animais.”
Quem não declarar ao Idaf, além de pagamento de multa, ficará impedido de retirar a Guia de Trânsito Animal (GTA) e de se cadastrar em programas de incentivo e fomento do governo.
Retirada da vacina
Compondo o Bloco I do Plano Nacional Estratégico de Prevenção e Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), Acre e Rondônia serão os primeiros estados a realizarem a retirada da vacina.
Segundo o superintende da SFA, Luziel Carvalho, a carne bovina acreana é de qualidade. “Esse é produto consolidado e bem referenciado em todo contexto nacional e internacional”, salientou, destacando a importância de consolidar novos investimentos nos serviços de defesa. “Como não teremos mais a vacinação como forma de imunizar e ter controle do rebanho, teremos que fortalecer as ações de vigilância e fiscalização para que o nosso rebanho não apresente problemas.”
Para o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Acre, Assuero Veronez, o momento é de alegria. “O status de zona livre sem aftosa traz para o produtor não apenas uma economia, como também a inserção em mercados ainda não alcançados. Os países livres de aftosa sem vacinação alcançam mercados altamente valorizados. Ganham o produtor, a economia e toda a sociedade”, ponderou.
Com apenas 13% de área aberta e 87% de floresta preservada, a gestão estadual tem investido em tecnologia para tornar as propriedades ainda mais produtivas e rentáveis, otimizando áreas e diversificando a produção rural. Uma economia verde que tem como base a política de desenvolvimento sustentável.