O governador Tião Viana sancionou na última quarta-feira, 14, a Lei nº 3411, que institui a marca Acre Made in Amazônia, para produtos ou serviços de pessoas físicas ou jurídicas estabelecidas no Estado.
A marca foi desenvolvida em 2012, com uma visão da economia criativa, no projeto Acre Design, parceria do governo do Estado com o POLI.design, Consórcio do Politécnico de Milão, e consultoria do gabinete da primeira-dama Marlúcia Cândida.
De propriedade da Agência de Negócios do Estado do Acre (ANAC), a marca Acre Made in Amazônia está registrada no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), sob o nº 911134905.
Em 2016, foi lançada durante evento na Expoacre, com o objetivo de consolidar uma marca que demonstre uma política pautada nas práticas de um modelo de desenvolvimento sustentável para o mundo. Instituições parceiras como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Acre (Sebrae/Acre) e a Federação das Indústrias do Acre (Fieac) apoiaram o projeto.
Sustentada no tripé de três valores: respeito à floresta e ao meio ambiente, inovação social e valorização cultural e promoção do desenvolvimento econômico, Acre Made in Amazônia, apresenta como ideia comunicar o Acre com o Brasil e com o mundo, caracterizando assim a origem amazônica de seus produtos para que se tornem conhecidos como garantia de qualidade e sustentabilidade.
Simbologia
A marca tem um estilo deliberadamente simples e direto, contemporâneo, que quer dialogar com as grandes marcas do design internacional. A identidade do projeto é obtida através da variação de algumas letras, inserindo referências visíveis próprias da identidade acreana que são: a estrela, o símbolo da bandeira acreana, e os motivos indígenas que são uns dos mais fortes elementos da identidade visual acreana.
Segundo, Marlúcia Cândida, foi com o projeto Acre Made in Amazônia Design, que o governo percebeu a necessidade de criar uma marca que fosse acompanhando os produtos, tanto do design, como os elaborados e produzidos no Acre.
“Estamos celebrando muito porque a marca foi registrada no Inpi e aprovada nessa semana na Aleac. Agora ela é uma marca reconhecida no estado. Para todos aqueles que queiram aderir para exportar seus produtos, comercializar no mercado local, brasileiro e estrangeiro, que tenham essa marca que mostra o valor desse produto, a origem, de onde veio, e que compromisso social, ambiental, possui essa marca e o produto que a acompanha. O Acre ganha mais esse valor agregado aos seus produtos nos mercados, porque aqui moramos num ambiente onde a floresta é preservada, e que possui o desenvolvimento humano, ambiental e o econômico, que junta toda essa produção e, agora está numa marca: Acre Made in Amazônia”, ressaltou.
Agregando valor com qualidade, inovação e sustentabilidade
Desde que foi lançada em 2016, empresários apostaram no uso da marca Acre Made in Amazônia, como o Grupo Miragina, indústria acreana fundada em 1967.
“A decisão de utilizar a marca vem do reconhecimento de ser uma empresa genuinamente acreana, prestigiada pelos acreanos. Usar a marca é ter orgulho de ser acreano. Utilizar em produtos que sejam produzidos aqui e ter orgulho disso. Como elaboramos produtos de primeira qualidade, de está levando isso para fora do estado, mostrando que aqui fazemos coisas boas. Uma forma de divulgar o Acre com produtos de primeira qualidade fora daqui. O fato de ser Acre Made in Amazônia é uma coisa que agrega valor ao produto, a região. Depois da Coca-cola a Amazônia é um nome que tem mais valor”, ressaltou o empresário José Luiz Felicio, diretor-presidente da indústria Miragina.
Para o diretor-presidente da Anac, André Vieira, a aprovação da lei pela Aleac, sancionada pelo governador Tião Viana, tem uma importância muito grande. Segundo explicou, parte expressiva do mundo dos negócios corporativos e de finanças aponta a preferência muito forte por produtos que tenham uma procedência de sustentabilidade.
“A Lei vai possibilitar aos empreendedores e produtos o uso dessa marca que carrega valores tão poderosos. Hoje o Acre é referência no mercado nacional e internacional por esse modelo econômico que respeita os princípios da sustentabilidade ambiental, responsabilidade social, inovação e prosperidade econômica. Então, a utilização dessa marca por esses produtores vai ampliar a identificação perante esses clientes e consumidores finais tornando-os reconhecíveis com esse diferencial de qualidade e sustentabilidade sócio ambiental, fortalecendo os negócios e a economia no estado”, disse.