No próximo 22 de dezembro completam 30 anos do assassinato de Chico Mendes. Mas, o que os seus algozes não imaginavam é que os ideais desse líder socioambientalista permaneceriam vivos e pulsantes até os dias de hoje.
Para rememorar a história e reafirmar o legado de Chico, o Conselho Nacional de Seringueiros (CNS) promove de 15 a 17, em Xapuri, o Encontro Chico Mendes 30 anos. Neste segundo dia, 16, de evento a programação se iniciou com a missa, celebrada pelo bispo Dom Moacyr Grechi, seguida de uma romaria até o túmulo do seringueiro.
Entoando cantos, poemas de resistência e trechos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, socioambientalistas, lideranças extrativistas e demais comunitários seguiram em marcha pela pequena Xapuri, palco de um momento histórico.
“Agradeço a todos que caminharam ao lado do meu avô e que ainda acreditam e defendem seus ideais. Assassinaram ele sem que ao menos eu tivesse a chance de conhece-lo, mas é através de movimentos como esse aqui em Xapuri que percebo a grandeza da nossa missão e a certeza de que estou no caminho certo”, disse Angélica Mendes, emocionada.
Nem mesmo a chuva foi capaz dispersar o público. No túmulo de Chico Mendes homenagens foram prestadas ao herói amazônico que entrou para história por encabeçar a aliança dos povos e ousar desafiar as regras do capitalismo, endossadas por governos que não atendiam as necessidades dos mais pobres.
Chico Mendes permanece vivo nas políticas públicas de desenvolvimento sustentável do Acre e nos ideias de milhares de ativistas ambientais do mundo inteiro. Chico vive!