A Secretaria de Estado da Educação, Cultura e Esportes (SEE), por meio da Diretoria de Ensino, em parceria com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Estado do Acre (Sinepe/Acre), deu início na tarde desta sexta-feira, 3, a uma ação de formação com os chefes de departamentos, chefes de divisões e assessores pedagógicos da SEE, sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
No primeiro momento, a palestra ‘Contextos de Aprendizagem e Campos de Experiências’ abordou aspectos da implantação da BNCC no Acre, que já passa a valer em 2019 para as etapas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, e até 2020 deve atingir 100% das escolas. No Ensino Médio, a obrigatoriedade da implementação é a partir de 2020, no primeiro ano do segmento, seguindo até 2022 nesse processo. Porém, no Acre, a rede pública estadual já iniciou o ano letivo de 2019 em Rio Branco com a matriz novo ensino médio em dez escolas piloto.
“Esse é um momento oportuno, de formação e enriquecimento sobre um tema que tem tudo a ver com o nosso trabalho, voltado para a BNCC, que já estamos há algum tempo realizando e temos vários desafios ainda a enfrentar. Já participamos de reuniões de avaliação com os setores da educação básica aqui na secretaria, falando sobre o grande desafio da implementação da BNCC na rede escolar no Estado”, declarou o secretário de Educação Mauro Cruz.
A Base Nacional Comum Curricular é um documento normativo que define o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver desde a Educação Infantil até o Ensino Médio.
O principal objetivo da BNCC é promover a igualdade da grade curricular brasileira, garantindo aos alunos acesso ao mesmo conteúdo em toda e qualquer escola do país, por meio da definição das aprendizagens essenciais em todas as etapas da educação. Por isso, a Base deverá nortear a formulação dos currículos dos sistemas e das redes escolares de todo o Brasil, indicando as competências e habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade.
“Nós estamos num momento de mudanças com a implantação da Base e temos que aproveitar para promover momentos de reflexão. Quanto mais lermos, mais estudarmos, mais conhecermos esse documento, já que é uma lei, é obrigatório, mais conseguiremos extrair as coisas boas que estão lá. Temos que aproveitar, principalmente, para pensar o que é que eu quero enquanto escola, enquanto professor, coordenador, gestor, enquanto aluno daquela escola. Aproveitar cada momento para trazer a reflexão”, explicou a profª Renata Americano, mestranda em Educação, Artes e História da Cultura pela Universidade de Mackenzie, São Paulo.
Renata explica que devemos perguntar que olhar temos para a infância? “Estamos aqui com pessoas que trabalham em todos os segmentos, mas não podemos nos esquecer de onde vem tudo isso. A educação infantil é muito preciosa, mas todos que trabalham em outras etapas do ensino também podem ter um olhar para o documento porque o que está colocado lá é a ideia dos campos de experiências que podem percorrer a vida inteira das pessoas, então vamos começar com essa ideia de olhar para a infância e entender como estamos vendo essa criança”, explica Renata.
No sábado, 4, pela manhã, a formação continuou com a palestra ‘Desafios na Formação de Professores e Educação Socioemocional’.