A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) deu posse aos 50 conselheiros das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) Lago do Amapá e Igarapé São Francisco nesta terça-feira, 18, no auditório da Procuradoria Geral do Estado do Acre (PGE). Os novos representantes conheceram aspectos gerais de cada unidade de conservação, como área de extensão, instrumentos de gestão, recursos e atributos naturais, além da atribuição como conselheiro.
O secretário de Estado de Meio Ambiente, Israel Milani, defendeu a atuação dos conselhos como estratégia para a comunicação com a sociedade. “A gestão ambiental deve ser feita de forma integrada e o conselho gestor das Áreas de Proteção Ambiental é um espaço público usado como canal de participação formal da sociedade. É o instrumento mediador nas relações entre o governo e a sociedade civil, possibilitando o exercício da cidadania e da democracia”, disse.
De acordo com a chefe da Divisão de Áreas Protegidas e Biodiversidade da Sema (DapBio), Flávia Dinah, toda Unidade de Conservação (UC) deve ter um conselho gestor. “O Conselho de Gestão de Unidade de Conservação é um lugar onde a sociedade pode participar efetivamente para a prevenção de conflitos e solução das questões socioambientais da região”, explicou.
A gestora da APA Lago do Amapá, Mirna Caniso, lembrou a importância da criação da UC. Ela acredita que é preciso conservar os remanescentes florestais do antigo Seringal Amapá, as Áreas de Preservação Permanente (APP) do Lago do Amapá e do rio Acre, garantir a recarga do aquífero Rio Branco, proteger a foz do riozinho do Rôla, assim como ordenar a ocupação da Via Verde, a proteção do local de captação de água e possibilitar a melhoria da qualidade de vida da população residente na unidade de conservação.
Segundo Raifanny Oliveira, gestora da APA Igarapé São Francisco, o local é considerado uma das bacias prioritárias para a conservação por ser um dos principais afluentes do rio Acre em Rio Branco. “Entre os objetivos da criação da APA, está a proteção dos atributos naturais, a diversidade biológica, os recursos hídricos e o patrimônio espeleológico, assegurando o caráter sustentável da ação antrópica na região, com particular ênfase na melhoria das condições de sobrevivência e qualidade de vida das comunidades residentes e entorno”, argumentou.
Para a conselheira suplente da APA Igarapé São Francisco, Ana Paula Leite, representar o Instituto de Meio Ambiente (IMAC) é um orgulho. “Precisamos resgatar o verdadeiro papel dos conselhos. Pretendo colaborar e participar ativamente propondo soluções para os tantos problemas enfrentados pelas comunidades que residem nas áreas de proteção ambiental”.
A conselheira da APA Lago do Amapá, Terezinha Santana, representante da Associação de Moradores e Produtores Rurais da Estrada do Amapá (Amprea), destacou a necessidade da presença do Estado nas referidas unidades. “Precisamos do apoio de todos os órgãos, em especial do Estado, presente nas unidades. Estamos aqui com a esperança de que essa nova gestão nos dê esse apoio e que a integração das ações aconteça em prol da melhoria do nosso meio ambiente, mas principalmente pela melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem ali”.
Sobre as APAs
A APA Igarapé São Francisco foi criada em junho de 2005 pelo decreto estadual n° 12.310. É uma Unidade de Conservação de uso sustentável, com uma área de 30.004,125 hectares. Está localizada nos municípios de Rio Branco e Bujari.
A APA Lago do Amapá é uma UC de Uso Sustentável, criada pelo Decreto Estadual nº 13.531 de 26 de dezembro de 2005. Está localizada no perímetro urbano de Rio Branco, à margem direita do rio Acre, na altura do km 08 da estrada do Amapá, a 12 km do centro da cidade e possui 5.208 hectares.