Menino foi deixado em Brasileia pela própria mãe, mas estado localizou o genitor na Guiana Francesa e promoveu o reencontro
O governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres (SEASDHM), intermediou a reintegração de um menino de três anos de idade, de nacionalidade franco-guianês, à sua família após ter sido abandonado pela mãe, em abril deste ano, na cidade de Brasileia (distante 240 quilômetros de Rio Branco, situada na fronteira com a Bolívia).
A mãe do garoto, segundo puderam constatar as autoridades locais, estava com a saúde mental debilitada e partiu para o Equador deixando o filho para trás em território brasileiro.
Após registrado boletim de ocorrência, a criança recebeu o apoio da Polícia Militar do Estado do Acre e do Conselho Tutelar de Brasileia, que comunicou a situação à diretoria de Direitos Humanos, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres.
O governo prontamente acolheu o menino começando, neste momento, um trabalho minucioso de busca pela família da criança. No último final de semana, a pasta governamental conseguiu entregar a criança ao pai, o serralheiro Lebrun Ednord, de 33 anos, haitiano, que atualmente mora na Guiana Francesa.
“Um trabalho minucioso, com muita habilidade dos conselheiros e dos policiais militares permitiu que obtivéssemos o número de telefone de Ednord, fornecido pela própria mãe, antes de partir sozinha para o Equador”, explica Claire Cameli, secretária de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres.
Claire explica que desde que o estado foi acionado, técnicos da pasta procuraram a todo o tempo entender o ocorrido e auxiliar na resolução do problema, classificado como uma situação de assistência humanitária.
Criança vivia com a mãe na Guiana Francesa
Ao desembarcar em Rio Branco para reaver o filho, na sexta-feira, 12, Lebrun Ednord disse aos técnicos do Estado que não era casado com a mãe do menino e que ela vivia também na Guiana Francesa com o garoto, que não tinha o reconhecimento paterno de Ednord.
Para voltar para sua terra natal, o Haiti, com o menino, deixando a Guiana Francesa, ela registrou a criança em nome de outro homem. Então foi que, de solo franco-guianês, partiu para o Brasil com a criança, seguindo o mesmo percurso que milhares de compatriotas fizeram após o terremoto de 2010, que matou centenas de pessoas e abalou também a já empobrecida economia do país da América Central.
Na manhã de sábado, 13, ele foi levado à Brasileia para o reencontro do filho.