O ciclo de palestras do segundo dia da Expoacre Juruá começou na manhã desta sexta-feira, 30, com uma apresentação do professor Leonardo Tavelia da Universidade Federal do Acre (Ufac) sobre a implantação e tratos culturais da produção do café no Vale do Juruá.
No Auditório Rio Juruá, Leonardo contou como foi coordenar um grupo de pesquisas que levou a distribuição de 250 mil mudas de café clonal entre os produtores da região para o desenvolvimento da cultura.
A partir de um cenário do desenvolvimento do café clonal em Rondônia, que mudou drasticamente a realidade daquela região ao diminuir as áreas de plantio, mas aumentando muito a produção, Leonardo trouxe a experiência para o Juruá buscando os mesmos resultados.
O principal destaque é que em todas as áreas onde o café foi plantado resultaram numa média foi de 67 sacas por hectare retiradas este ano, com algumas propriedades que chegaram a mais de 100 sacas.
“Não há segredo. Para que a produção de café dispare é necessário a boa escolha genética, que já vem pronta no café clonal, o cultivo no ambiente adequado, e o manejo correto com o uso de tecnologias”, conta Tavelia, que é doutor em fitotecnia.
O pesquisador ressaltou que com o investimento adequado é possível retirar até R$ 12 mil por hectare de café, uma renda muito grande para os produtores. Embora a região do Juruá não tenha uma forte tradição com o café, o estudo provou que ele é rentável para a região, mesmo com desafios, como a necessidade de uma casa de lavoura mais complexa para o suporte ao combate de pragas e doenças que possam possivelmente atingir as plantações.