A partir de agora até o final do ano, as escolas públicas e particulares de todo o país iniciam a contagem regressiva para implementação do novo currículo, reescrito à luz da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Na última semana, na Escola Lourenço Filho, professores dos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) de Língua Portuguesa, Ciências, Educação Física, Língua Inglesa e Língua Espanhola das escolas públicas estaduais participaram da formação específica. Durante esta semana, até próxima quinta-feira, 19, é a vez dos professores dos demais componentes curriculares (disciplinas).
“Os professores estão se apropriando desse documento, identificando as mudanças efetuadas dentro de cada componente, para que no próximo ano eles possam inserir as novidades em seus planejamentos e executando em suas aulas”, explica a chefe da divisão de currículo da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SEE), Carmem Braga.
O novo currículo, chamado de Currículo Único de Referência do Acre, envolvendo as etapas da Educação Infantil e Ensino Fundamental foi reescrito em 2018, ajustado à BNCC. Em março deste ano, foi aprovado pelo Conselho Estadual de Educação (CEE) e, a partir daí, foram iniciadas as formações de professores – processo que se estenderá até o mês de novembro.
“Esta semana iniciaremos também a formação para os anos iniciais do ensino fundamental, que são os professores que atuam do primeiro ao quinto ano. Nesse caso, é o mesmo profissional que trabalha os oito componentes curriculares (disciplinas), então daqui até novembro ele vai poder se aprofundar em cada um deles”, explica Braga.
Segundo Manoel de Jesus, chefe do departamento de educação básica da SEE, “os professores já estão ansiosos porque há algum tempo escutam sobre isso e muitos ajudaram na produção desse novo currículo, a partir da BNCC. Há uma ansiedade pra que esse novo currículo venha a contribuir para melhorar a prática docente, mudar a realidade da sala de aula através de novas metodologias e com uma estrutura de conteúdos bem organizada”, conta.
Gertrudes da Silva é professora de Língua Portuguesa, na escola Lindaura Martins Leitão e, para ela, a formação tem sido uma oportunidade de adquirir conhecimento e também de troca de experiências com outros colegas. “Nós precisamos estar preparados pra essa realidade que está por vir e a formação é um instrumento que nos auxilia a ter a tranqüilidade e a segurança que precisamos pra colocar esse novo currículo em prática. Aqui também temos a oportunidade de estar com outros professores que têm realidades diferentes e outras bem parecidas com a nossa, e assim vamos nos ajudando. Só vejo pontos positivos”, afirma.