Ser um morador em situação de rua não é uma condição fácil de lidar. Existe uma série de questões inoportunas, como a violência, falta de higiene, falta de alimentação, precariedade e o abandono de uma vida digna. Os motivos que levam essas pessoas a viverem sob tal circunstância são as mais variadas, entre elas alcoolismo, uso de drogas, problemas familiares, desemprego, entre outros fatores.
Na Semana Estadual de Política Pública para a população que vive em situação de rua, em Rio Branco, os órgãos e instituições que abraçam a causa reuniram-se na tarde desta quinta-feira, 15, para a realização de um debate, no auditório da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte (SEE). A intenção foi discutir sobre estratégias e políticas públicas que garantam ao referido público direitos sociais, de saúde, educação, cultura, emprego e renda, além de direito à segurança e acesso à justiça.
Participaram do debate, representantes do Movimento Nacional de Pessoas em Situação de Rua, secretarias de Segurança, de Saúde, de Assistência Social, Direitos Humanos e Políticas Públicas para as Mulheres, Assembleia Legislativa, Ministério Público, Tribunal de Justiça, Ordem dos Advogados do Brasil, Prefeitura de Rio Branco com seus setoriais.
“Fico feliz de estar aqui. Estou até emocionado por este momento, pois é uma luta diária e não é fácil. Eu vim para o Acre para tratamento de hanseníase, mas quando vi a situação de rua, eu comprei essa briga. Deixei até minha família para cuidar da rua. E chegar até aqui, ver todos os representantes de governo e prefeitura reunidos para debater sobre a garantia dos nossos direitos é satisfatório. Espero que avancemos e alcancemos a todos, estou grato pela oportunidade”, disse Evelino Silva, representante do movimento nacional de pessoas em situação de rua.
Só em Rio Branco existem, aproximadamente, 250 pessoas vivendo em situação de rua sendo a maioria do sexo masculino. A Secretaria de Assistência Social, Direitos Humanos e Política para as Mulheres (SEASDHM) tem acompanhado esse grupo de perto e ressalta sobre a importância da união entre as instituições para a promoção de políticas públicas que garantam os direitos de todos.
“É de extrema importância que a luta seja de todos. É um trabalho que muito nos interessa e dentro das nossas condições estaremos fazendo o possível para assegurar o atendimento necessário a esse público que muito é ignorado, passa desapercebido e precisa de atenção. O debate é importante para estreitar os laços, desenvolver estratégias e políticas públicas entre as instituições para a garantia dos direitos dos moradores que vivem em situação de rua”, explicou a secretária de Assistência Social, Claire Cameli.