Na COP 25, congressistas brasileiros e governadores da Amazônia Legal assinam mensagem conclamando instituições nacionais e internacionais para um novo modelo sustentável de crescimento da floresta e da sua população
O congresso brasileiro e o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal emitiram mensagem oficial conjunta, ao final da COP 25, a Conferência do Clima das Nações Unidas em Madri, na qual entendem que a presença das duas instituições no evento mundial pode agregar o apoio político “relevante e necessário” para que a Amazônia e o Brasil tenham resultados positivos concretos na busca pelo crescimento econômico e social sem desmatamento da sua floresta.
Assinado por cinco congressistas e nove governadores brasileiros, o documento representa uma espécie de conclamação às instituições pelo comprometimento nacional e internacional com ações positivas e concretas direcionadas para um novo modelo sustentável para a Amazônia Legal e para a sua população.
Ao citar o Artigo 6º do Acordo de Paris, os signatários da mensagem pedem a garantia da distribuição da meta de 100 bilhões de dólares anuais, algo em torno de R$ 410 bilhões em investimentos regionais, sobretudo, feitos por empresas e organismos internacionais, pelo cumprimento das metas previstas no referido acordo.
Entre elas estão as principais que são a valorização da redução de emissões de gases do efeito estufa e o sequestro e a manutenção dos estoques de carbono da floresta amazônica.
A ideia é que a valorização do patrimônio ambiental, e a inclusão econômica e social com respeito à cultura dos povos da Amazônia, sejam ampliadas por meio da cooperação da comunidade internacional com ações concretas de financiamento.
“Defendemos o reconhecimento dos esforços dos estados amazônicos para preservação da maior floresta tropical do planeta, reiterando os compromissos do Brasil assumidos perante a comunidade internacional por meio do Acordo de Paris”, afirmam os senadores, deputados e governadores na mensagem.
Tais compromissos são orientados para a economia verde, com um desmatamento ilegal zero, na defesa dos povos indígenas e das populações tradicionais, no apoio às organizações não- governamentais e no reconhecimento de suas contribuições para a preservação ambiental.
Assinam o documento, o senador Davi Alcolumbre, presidente do congresso e o governador do Amapá, Waldez Góes, presidente do Consórcio, seguidos de outros doze congressistas e governadores, entre eles o governador do Acre, Gladson Cameli.