O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou recentemente um informe no qual relata que o plano estratégico para erradicação da febre aftosa completa dois anos com evoluções em vários estados, incluindo esforços do Bloco I, do qual fazem parte Acre, Rondônia e partes do Amazonas e Mato Grosso.
No início de março, o Mapa realizou a auditoria que vai definir se o estado está apto a suspender a obrigatoriedade da vacina para seu rebanho.
Atualmente, o Acre possui cerca de 3,5 milhões de cabeças de gado, o que representa um patrimônio de quase R$ 7 bilhões e geram uma receita anual de R$ 1,4 bilhão. Vacinando seu rebanho há 20 anos ininterruptos com duas campanhas por ano, o Acre é reconhecido internacionalmente pela Organização Mundial da Saúde Animal como zona livre de aftosa com vacinação há 14 anos, em virtude dos resultados exitosos de suas políticas de defesa sanitária animal.
O Governo do Estado, em 2019/20, correu contra o tempo para cumprir com os requisitos para que o Acre se torne zona livre sem vacinação. O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) realizou um concurso público para cadastro de reserva visando a contratação de engenheiro agrônomo, engenheiro florestal, médico veterinário e técnico em defesa agropecuária e florestal. Desde o início da gestão do governador Gladson Cameli foram contratados mais 19 veterinários e 16 técnicos agrícolas.
Além disso, em parceria com a iniciativa privada por meio do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Acre (Fundepec), 24 escritórios de atendimento do Idaf espalhados pelo estado entraram em reformas de suas infraestruturas, todas já concluídas. Novos equipamentos e veículos também foram adquiridos ou estão em processo de aquisição.
De acordo com o Mapa, no Bloco I, após reunião ocorrida recentemente em Manaus (AM), de forma consensual, o Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e os integrantes do Bloco I acordaram com a suspensão da vacinação, com a última etapa tendo ocorrido em novembro de 2019.
No Bloco I, em particular, nova avaliação do Mapa ocorrerá em agosto, com objetivo de decidir se o pleito de reconhecimento a ser encaminhado à OIE abarcará o Bloco I em sua totalidade ou em parte. O Ministério está trabalhando com os estados envolvidos para que o Bloco I siga de forma conjunta, desde que atendidos os requisitos pactuados no Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PE-PNEFA).
O secretário de Produção e Agronegócio, Edivan Azevedo, esteve no encontro em Manaus antes das medidas de isolamento adotadas no país e destacou: “Fizemos tudo ao nosso alcance para que os objetivos definidos pelo Mapa fossem cumpridos. É meta do governador Gladson Cameli conquistar esse status para que o mercado de carne bovina do Acre possa viver um novo e grandioso período. Com a nova diretoria do Idaf alinhada, vamos continuar trabalhando para manter os excelentes resultados que o Acre possui na defesa agropecuária”.