Primeira etapa encerra dia 15 de abril e tem como público-alvo idosos de 60 anos ou mais e trabalhadores da Saúde
A primeira fase da campanha de vacinação contra influenza que começou no dia 23 de março e que se estende até o dia 15 de abril já alcançou 72,28% da meta para idosos e 51,91% da meta para profissionais da Saúde.
O objetivo é vacinar 90% de cada público-alvo. Próximo do fim da primeira etapa de vacinação, já foram vacinadas 43.820 pessoas, entre idosos e profissionais da Saúde; a meta é alcançar, nessa primeira etapa, 65.376.
A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), por meio do setor de Imunização, recebe do Ministério da Saúde doses semanais. Desde o início da campanha, foram entregues 74.460 doses, estando previstas para o estado mais de 200 mil.
“Em 2019, em todos os públicos ficamos com 88,11%. Este ano, esperamos ultrapassar esta marca de 90% e superar o histórico de não alcance da campanha dos últimos cinco anos”, enfatizou a chefe de Imunização e Rede de Frio, Renata Quiles.
Estratégias de vacinação
Diante do cenário de pandemia de Covid-19, a Saúde estabeleceu novas estratégias de vacinação para que se evite aglomerações de pessoas, que é uma das principais recomendações para que o coronavírus não se espalhe.
O drive thru, que é quando a pessoa não precisa sair de dentro do carro pois o serviço é levado até ele, é uma das estratégias utilizadas para que idosos e pessoas com dificuldade de locomoção sejam imunizadas.
Para isso, pontos estratégicos foram montados: na capital, a imunização no carro está ocorrendo no antigo pátio de vistoria do Detran, na avenida Nações Unidas, em frente ao 7º BEC, das 7h às 17h, sem intervalo para o almoço. Os municípios utilizaram também de outras medidas para a vacinação, como a oferta de um ambiente mais arejado nas UBS e a busca ativa de casa em casa desse público prioritário.
Antecipação da campanha
O Ministério da Saúde antecipou a campanha de vacinação contra influenza, pois devido à pandemia há uma grande circulação de vários outros vírus. Entretanto, Renata Quiles esclarece que a vacina não é eficaz contra o coronavírus.
“Esse é o período de maior circulação viral. Qual o vírus? Somente o coronavírus? Não. Influenza, sarampo, entre outros. Então,percebeu-se, a nível federal, a necessidade de não esperar até o mês de abril para iniciar a campanha”, explicou a chefe de Imunização.
O risco, segundo ela, acaba não sendo apenas de Covid-19, mas também de outras doenças como influenza e sarampo que são tão graves quanto o coronavírus. Ainda, de acordo com ela, a vacina contra a influenza, a cada ano, é produzida de forma diferente.
“Não é igual à febre amarela que todo ano é o mesmo vírus. A cada ano a influenza muda. Então, eu preciso saber, antes de começar a produzir vacinas, quais são subtipos da influenza que circularam o ano passado”, esclarece Renata.
Etapas
O Ministério da Saúde estabeleceu, segundo a chefe de Imunização, Renata Quiles, que houvesse uma mudança no público-alvo da primeira etapa neste ano.
“O Ministério da Saúde estabeleceu etapas para que elas fossem cumpridas. Nesse primeiro momento é o idoso e o trabalhador da Saúde. Tínhamos uma meta de vacinar 65 mil pessoas nesse primeiro momento”, pontuou Renata.
Logística de entrega das vacinas
A condição geográfica do estado dificulta que as vacinas cheguem com rapidez ao interior, em que os profissionais demoram dias para chegar à área, e que, por isso, doses foram utilizadas para outros grupos prioritários também.
“Eu tenho uma população indígena que precisa ser vacinada nesse momento porque é o momento em que as equipes conseguem chegar naquela aldeia. Então, acabou que foram utilizadas doses para outros grupos prioritários também que não estavam previstos para agora”, explicou a chefe de Imunização, Renata Quiles.
Como mencionado antes, as entregas de vacinas para o Acre estão ocorrendo semanalmente. “A previsão é que essa semana chegue apenas 20 mil doses. A gente quer aumentar isso, pedir para que o governo federal entenda a realidade do Acre; que em vez de mandar 20 mil, mande 40 mil essa semana”, pede Renata.
“Pedimos que a população respeite o momento de cada grupo prioritário”, sensibiliza a chefe de Imunização e Rede de Frio, Renata Quiles. Pois, os grupos prioritários são escolhidos de acordo com a vulnerabilidade naquele momento.
A população geral, ou seja, que não esteja incluída nos grupos de risco, será atendida ao final da campanha, após todas a prioridades de risco serem imunizadas.