Um grupo de dez produtores do Projeto de Assentamento (PA) Tocantins, no município de Porto Acre, resolveu ousar na diversificação da produção neste novo momento do estado para o desenvolvimento do agronegócio, apostando na cafeicultura. Eles estão entusiasmados com os primeiros resultados.
O grupo começou com a ideia do produtor Giordano Valdivino, que se interessou pelo grão e plantou dois mil pés em sua primeira safra. Hoje tem 12 mil e quer chegar a 20 mil. Giordano conseguiu reunir mais nove colegas do PA ligados à Associação de Moradores e Produtores Rurais do Ramal Boa União (Apropac) e até agora já foram colhidas 170 sacas de café clonal.
O presidente da Apropac, Abílio Caetano, foi um dos colegas que também se interessou pelo café e já possui 1,6 mil pés em sua propriedade. O grupo conseguiu negociar com a empresa Café Contri a venda das sacas, e o objetivo agora é investir no futuro da cafeicultura com a criação de um viveiro de mudas e a possibilidade de um secador para agregar valor aos grãos.
Abílio e o grupo têm mantido contato frequente com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), buscando parcerias na produção e apoio técnico para as ações que desejam realizar no futuro. Os produtores já conseguiram a concessão de um caminhão para escoamento e maquinário agrícola para a plantação, mas, com a expansão da atividade, pretendem ir muito além.
“Está dando muito certo. Não estamos arrependidos do que estamos fazendo e queremos ampliar. Só precisamos de orientação técnica. Estamos metendo a cara, quebrando cabeça, errando e acertando, mas estamos tentando e empolgados com os resultados”, relata Abílio.
O Brasil é o maior produtor e exportador, além de ter o segundo maior mercado consumidor de café no mundo. O Acre é o segundo maior produtor de café da Região Norte, com produção de 32.817 sacas, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).