Desde o início da pandemia no Acre no mês de março, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SEE), não tem medido esforços para garantir as atividades remotas para os mais de 150 mil alunos da rede ensino nos 22 municípios acreanos. Em alguns casos, são os materiais impressos que possibilitam a aprendizagem.
É o caso da Escola Pedro Gomes de Lima, que foi inaugurada em janeiro de 2018 e está localizada no Projeto de Assentamento Walter Acer, no município do Bujari. Lá, mais de 95% dos pais procuram a escola em busca desses materiais disponibilizados pela equipe escolar.
De acordo com a diretora da Pedro Gomes, professora Laélia Muniz, a SEE tem disponibilizado todo o apoio para que não falte material aos alunos. “Inclusive, desde o início da pandemia, fizemos todo o nosso planejamento com base nos planos desenvolvidos pela SEE e deu tudo certo”.
Ela explica que como boa parte dos alunos não tem celular e no assentamento não há sinal de internet e nem o sinal da TV aberta para assistir as videoaulas, o método de ensino remoto utilizado pelos pais e pela comunidade escolar acaba sendo o material impresso.
“A gente imprime o material e os pais vêm buscar aqui na escola. Isso tem dado certo porque as dúvidas são tiradas pelos professores e a quase totalidade da comunidade utiliza essa forma de ensino remoto”, afirma a diretora.
É o caso de Francisco Adriano de Souza, que mora do ramal do Curral, dentro do projeto de assentamento, há cinco anos. Ele tem dois filhos estudando na Pedro Gomes, uma menina que está no 2º ano do Fundamental I e um filho que está no 5º ano, também do Fundamental I.
Segundo ele, a utilização de material impresso pelos filhos tem dado certo. “Eles fazem todas as atividades e eu sinto que eles realmente estão aprendendo, sem falar que eu consigo ficar perto deles”, faz questão de dizer.
A Escola Pedro Gomes trabalha com alunos do Fundamental I, Fundamental II, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) e segundo a professora Laélia Muniz, desde o início da pandemia aumentou o número de matrículas. “Já temos hoje mais de 250 alunos matriculados”, informa.