Galões, caixas d’águas, tonéis, vasos de plantas, bandejas de ar-condicionado e de geladeiras são, entre tantos outros, os reservatórios mais atrativos para o popularmente conhecido “mosquito da dengue”, o Aedes aegypti, cujos ovos resistem até cerca de 450 dias em baixa umidade e eclodem ao entrar em contato com a água, sendo o período chuvoso o cenário propício para o aumento de casos da doença.
Assim, com a estação das chuvas se iniciando no Acre, a Saúde do Estado redobra as orientações e visitas técnicas aos municípios para intensificar as ações de prevenção e controle das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, que, além do vírus da dengue, transmite os vírus zika e chikungunya.
Com isso, há duas semanas, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), realiza atividades de orientação, fiscalização e intensificação de ações de combate ao Aedes junto à rede de saúde dos municípios, para que o estado não passe por um surto da doença.
“Começando pelo Juruá, os técnicos do Núcleo de Doenças de Transmissão Vetorial apresentaram a situação entomológica e epidemiológica dessas doenças em todo o estado, enfatizando os municípios que apresentam maior risco de ocorrência de surtos ou epidemias”, explica a chefe do Núcleo de Transmissão Vetorial, Márcia Andréa Morais.
De acordo com Márcia Andréa, as visitas têm, ainda, o papel de ressaltar a importância do trabalho integrado entre atenção básica, vigilância epidemiológica, assistência à saúde, educação em saúde e controle vetorial. “Esse trabalho é para que as informações sejam comuns a todos, gerando celeridade no desenvolvimento das ações previstas para cada situação”, destaca.
A comunidade como protagonista no combate à dengue
Já que o ovo do Aedes aegypti pode sobreviver até cerca de 450 dias em baixa umidade, como impedir a proliferação?
A resposta é muito simples: sendo os principais criadouros do mosquito as casas e quintais, a tarefa é higienizar. Assim, as visitas das equipes da Sesacre também reforçam a participação da comunidade nessa luta.
“Os focos estão, na maioria das vezes, no ambiente domiciliar, seja em depósitos de armazenamento de água (principal criadouro), seja em pequenos utensílios jogados nos quintais e que ficam acumulando água”, assinalou Márcia Andréa Morais.
Limpeza do ambiente domiciliar:
- Eliminar o lixo, e principalmente qualquer recipiente que possa acumular água;
- No caso de caixas d’águas e tambores, deve-se trocar a água pelo menos uma vez por semana;
- Caixas d’águas e tambores devem ser higienizados com água sanitária, escova ou palha de aço.
Ainda, segundo Márcia Andréa Morais, a Sesacre tem enviado notas de alerta aos municípios, solicitando a intensificação das ações de prevenção e controle, destacando a participação de todos: “Se cada um fizer a sua parte, o Acre poderá reduzir drasticamente o risco de registrar aumento de casos e óbitos por dengue, zika e chikungunya”.