O governo do Estado, por meio do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19, realizou na tarde desta sexta-feira, 8, a décima quinta coletiva de anúncio de classificação de risco do avanço da pandemia, que colocou todo o Acre em Bandeira Amarela (Nível de Atenção) no período avaliado entre 20 de dezembro e 2 de janeiro.
Segundo a avaliação do Comitê, as três regionais de saúde do Estado registraram aumento no número de óbitos pela doença. Se no período epidemiológico passado haviam sido 13 mortes, agora o número passou para 32. Os dados recentes de confirmação da doença por RT-PCR também apontam para um aumento no número de casos para os próximos dias.
Segundo a coordenadora do Grupo de Apoio ao Pacto Acre Sem Covid, Karolina Sabino, a pandemia não está perto de acabar e a manutenção dos cuidados básicos segue essencial. O Comitê já está procurando se alinhar com as novas prefeituras, lembrando que o trabalho de controle da doença só é possível com a participação de todos. Até mesmo o estado vizinho, Amazonas, foi lembrado devido ao aumento drástico dos casos e mortes por Covid-19.
“O Comitê já se colocou à disposição dos novos prefeitos para que possamos trabalhar em conjunto. Por isso, alertamos a população de que a pandemia não acabou e as medidas sanitárias precisam ser adotadas e cumpridas. Usem máscaras, lavem as mãos, evitem a aglomerações”, reforça a coordenadora.
A próxima avaliação da classificação de risco do estado está marcada para o dia 22 de janeiro.
Confira o relatório completo da classificação de risco.
Funcionamento de setores comerciais e sociais
O Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19 atualizou ainda em 2020 a Resolução que trata sobre o enquadramento dos setores e das atividades comerciais autorizadas a funcionar de acordo com cada um dos Níveis de Risco estabelecidos no Pacto Acre Sem Covid.
A nova resolução unifica todas as anteriores relacionadas ao funcionamento dos setores comerciais e sociais durante a pandemia, dando abertura para que praticamente todos possam operar a partir da Bandeira Laranja, com quantitativo de capacidade reduzido e adoção de protocolos sanitários, além das medidas de proteção individuais. Assim, atividades como a abertura de academias, igrejas, bares e restaurantes, que não eram permitidos na Bandeira Laranja, passam a ser com uma redução ainda maior da encontrada na Bandeira Amarela.
A nova resolução foi fruto de um trabalho coletivo, onde o governo do Acre, ouviu e ponderou os anseios dos representantes comerciais e sociais, mudando níveis de abertura e medidas para que haja segurança para toda a população.
Metodologia
O Pacto Acre sem Covid é uma ferramenta destinada a viabilizar a harmonia entre o desenvolvimento econômico, o direito de proteção à saúde e os valores sociais do trabalho, tendo por finalidade fundamental a efetiva proteção do direito à vida.
De acordo com o método definido pelo Pacto Acre sem Covid, a classificação em nível de risco é realizada conforme a delimitação territorial das regionais de Saúde do estado, a saber: região do Alto Acre (Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri), Baixo Acre e Purus (Acrelândia, Bujari, Capixaba, Jordão, Manoel Urbano, Plácido de Castro, Porto Acre, Rio Branco, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira e Senador Guiomard) e a região do Juruá e Tarauacá-Envira (Cruzeiro do Sul, Feijó, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Rodrigues Alves e Tarauacá).
A classificação em níveis de risco (bandeiras), expressa por meio de uma nota geral que varia de 0 a 15, é obtida por meio da mensuração de sete índices, sendo eles: isolamento social; notificações por síndrome gripal; novas internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave; novos casos por síndrome gripal Covid-19; novos óbitos por Covid-19; ocupação de Leitos Clínicos Covid-19 e ocupação de UTIs Covid-19.
Os níveis de classificação de risco foram divididos em Vermelho, Laranja, Amarelo e Verde, respectivamente do mais restritivo para o mais flexível. A cada 14 dias é realizada uma nova avaliação dos indicadores, cabendo às prefeituras realizar a autorização das atividades permitidas no respectivo nível de risco apurado por meio de decreto municipal, bem como a instituição de protocolos sanitários a serem seguidos pelos setores da economia que estejam autorizados a funcionar.
Um trabalho que envolve Estado, prefeituras e entidades e que deve contar com o apoio de toda a comunidade. Para mais informações de protocolos, acesse: http://covid19.ac.gov.br/