Para dar mais celeridade ao transporte dos pacientes, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) criou uma escala para dar apoio aos pacientes graves procedentes do Hospital Regional de Brasileia, também utilizada para transferências de pacientes a partir da capital, quando solicitada pela regional do Alto Acre.
Com o aumento na demanda dos atendimentos no Hospital Regional do Alto Acre desencadeados pela Covid-19, assim como os casos de dengue no estado e Região Norte, e na tentativa de desafogar o sistema, foi criada uma escala denominada Unidade de Suporte Avançado (USA) do Alto Acre, sendo composta por médicos e enfermeiros, responsáveis pela transferência da alta complexidade, ou seja, pacientes graves.
No início da pandemia, com o intuito de otimizar o transporte dos pacientes graves acometidos pela Covid-19, já havia entrado em vigor uma escala composta por médicos e enfermeiros procedentes da unidade do Alto Acre, porém, a direção de Assistência, junto à coordenação do Samu, observou atraso no chamado da equipe e, consequentemente, um aumento no tempo-resposta das transferências.
Além do mais, o coordenador do Samu, Pedro Pascoal, explica que “a substituição visa a permanência do médico, anteriormente designado para transporte, na unidade em decorrência do aumento de casos”.
E, sobre a redução do tempo, que contribui diretamente no salvamento de vidas, Pascoal acrescenta: “Hoje, além de ter ambulâncias de suporte básico do Samu à disposição no Alto Acre, que facilmente podem ser transformadas em unidades de suporte avançado, com a introdução de alguns equipamentos (ventilador mecânico, bomba de infusão e outros), é enviada também uma equipe da capital junto com a ambulância para o transporte dos pacientes graves. Assim também com o helicóptero, quando acionado em tempo hábil, o que proporciona melhor tempo de resposta às ocorrências de urgência”.
Quando o serviço deve ser solicitado
É importante ressaltar que os municípios da regional permanecem com suas ambulâncias devidamente habilitadas para atendimento pré-hospitalar, e quando necessário, após a regulação, são autorizadas a dar suporte no transporte de pacientes graves, conforme orientação do Conselho Federal de Medicina (CFM): “Art. 5º O serviço pré-hospitalar móvel de urgência e emergência deve, obrigatoriamente, priorizar os atendimentos primários em domicílio, ambiente público ou via pública, por ordem de complexidade, e não a transferência de pacientes na rede.”
O serviço hospitalar móvel de urgência e emergência não deve ser solicitado para transporte de pacientes de baixa e média complexidade na rede, assim como o transporte de pacientes para realizarem exames complementares, devendo ser acionado apenas para o transporte de pacientes de alta complexidade.
Além disso, pacientes com instabilidade hemodinâmica, ou seja, com risco de morte, não devem ser transferidos sem a devida estabilização do quadro clínico, tendo em vista a limitação de recursos dentro de veículos de transporte.
A administração do Samu também observa a resolução CFM nº1672 Art. 1 § III, que diz: “Pacientes graves ou de risco devem ser removidos acompanhados de equipe composta por tripulação mínima de um médico, um profissional de enfermagem e motorista, em ambulância de suporte avançado. Nas situações sem que seja tecnicamente impossível o cumprimento dessa norma, deve ser avaliado o risco potencial do transporte em relação à permanência do paciente no local de origem”.
As normas de regulação são repassadas ao Samu pela Central Reguladora.