Miguel Angelo Gomes e Ana Paula Lima visitaram os abrigos onde estão os imigrantes. O representante do Ministério da Cidadania e a titular da SEASDHM acompanharam de perto a realidade em que vivem os estrangeiros.
Divididos em quatro abrigos mantidos pelo município com ajuda do Estado, os 480 imigrantes que atualmente estão em Assis Brasil aguardando liberação do governo peruano para cruzar a fronteira, disseram às autoridades brasileiras que foram alvo de uma informação falsa.
Segundo Djotasse Drissa Soro, da Costa do Marfim, uma das lideranças dos imigrantes, a polícia peruana teria divulgado que no dia 14 a entrada deles em território peruano seria autorizada. A maioria estava em Rio Branco, e todos seguiram para Assis Brasil, mas a viagem foi interrompida pela decisão do Peru em fechar a fronteira.
O representante do Ministério da Cidadania e a titular da Secretaria de Estado de Assistência Social dos Direitos Humanos e de Políticas para Mulheres (SEASDHM), Miguel Angelo Gomes e Ana Paula Lima, ouviram atentamente os imigrantes durante a visita.
“A gente só quer ir pra casa passando por dentro do país deles. Disseram que iriam liberar, aí vieram todos e como não deixaram, aconteceu aquela invasão”, relembra o imigrante, ao pedir ajuda do governo federal.
O prefeito de Assis Brasil, Jerry Correa, falou que a prefeitura não tem mais estrutura financeira nem pessoal para continuar mantendo os abrigos funcionando. ” Esgotamos todas as nossas capacidades. Espero que a vinda dessa equipe possa abrir uma nova ação suficiente para atender esses imigrantes. A gente não quer recursos, queremos que alguém assuma essa responsabilidade porque a prefeitura chegou ao limite”, revela.
São servidas 1.440 refeições diárias nos abrigos, que diariamente recebem novos imigrantes. Uma das propostas do gestor é que seja implantado na cidade a mesma estrutura colocada para atender os venezuelanos em Roraima.