Ao participar do descerramento da faixa inaugural da usina de nitrogênio líquido, o secretário estadual de Produção e Agronegócios, Edivan Azevedo, representando o governo do Estado no ato, presenciou uma espera que durava 40 anos. Na manhã desta quarta-feira, 25, ele e a reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, entregaram o equipamento, que vai produzir nitrogênio para a criopreservação de sêmen bovino.
O nitrogênio produzido cria a possibilidade de que o material genético possa ser aplicado em qualquer região do estado, fortalecendo a inseminação artificial, uma prática usada para melhorar a genética do rebanho bovino.
A usina foi construída com recursos de uma emenda parlamentar do então deputado federal Raimundo Angelim, no valor de R$ 638 mil, com uma contrapartida do governo do Estado de R$ 155 mil. Um termo de cessão celebrado entre a Secretaria de Produção e Agronegócios e a Ufac permitiu que a universidade abrigue e administre a usina de forma compartilhada com o Estado. Instalada ao lado do Hospital Veterinário, dentro do Campus da UFAC, a usina será administrada pela equipe da Universidade.
“A usina vai trazer um grande incentivo para melhorar a genética [animal] no Acre, que está muito defasada. Esperamos muito por este dia e agora vamos ter este instrumento ao nosso alcance “, comemorou o produtor rural Cassiano Fantim.
“Sem o governador Gladson isto não seria concretizado. É uma vitória do setor produtivo, dos pioneiros da inseminação artificial e do governo do Estado. Obrigado ao governador, é um mérito da sua gestão. Estamos hoje colocando fim a uma espera que durou 40 anos”, disse Edivan.
O nitrogênio líquido é usado no melhoramento genético do rebanho e vai permitir o fortalecimento da bacia leiteira. O produto também tem uso medicinal, na remoção criocirúrgica de alguns tipos de câncer e lesões da pele, como também no armazenamento de tecidos, células e sangue, para evitar a oxidação das amostras.
A reitora Guida Aquino enalteceu a parceria entre a instituição e o governo estadual, que permitiu, segundo ela, um avanço tecnológico esperado há décadas pelos produtores. “Precisamos sempre atuar em parcerias. Estar aqui neste momento é histórico pelo que representa esta obra. Em se falando de ciência, tecnologia e informação, a Ufac tem que estar presente”, observou.
Também prestigiaram o ato o presidente Federação da Agricultura e Pecuária do Acre (FAEAC), Assuero Veronez, o presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais do Acre (FETACRE), Sergioni Paiva, o presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Francisco Thum, o presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Rynaldo Lúcio, o superintendente Federal da Agricultura (SFA/AC), Fernando Bortoloso e o pecuarista Jorge Moura, pioneiro da inseminação artificial no Acre.