As discussões sobre a possibilidade de privatização de empresas estatais e venda de participações do governo do Acre em empreendimentos público-privados avançaram. Nesta terça-feira, 30, um modelo de propostas foi apresentado ao governador Gladson Cameli.
Há vários anos, essas empresas são deficitárias e causam prejuízos milionários ao Estado. A prioridade do chefe do Poder Executivo é reverter a situação, levando em consideração os trâmites jurídicos necessários, com a venda para o setor privado.
“Não podemos aceitar que essas empresas continuem sendo prejudiciais ao governo. Queremos resolver a situação de uma vez por todas e esperamos que investidores se interessem e possam gerar muitos empregos para o nosso povo”, afirmou Cameli.
Segundo o diretor da Agência de Negócios do Acre (Anac), Carlos Resende, o Estado possui cerca de R$ 60 milhões entre imóveis e participação em ações. Resende argumentou ainda que empresários já manifestaram interesse na compra desses empreendimentos.
“Após a autorização oficial das vendas, vamos iniciar os contatos necessários para a privatização, as parcerias público-privadas para fazer os leilões e encontrar novos investidores. Já temos alguns interessados aqui do Acre e também de outros estados”, revelou.
Nos próximos dias, o edital para a venda da Zona de Processamento de Exportação do Acre (ZPE-AC) deverá ser publicado no Diário Oficial do Estado. Inaugurado em 2012, o empreendimento jamais entrou em funcionamento. Com a venda, o governo pretende reaver grande parte dos recursos investidos no local.
O repasse de empreendimentos financiados pelo governo acreano para a iniciativa privada, que estavam paralisados, já é uma realidade, de acordo com o secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia, Anderson Lima.
“Por meio de parceria, conseguimos transferir o Complexo Peixes da Amazônia, de Cruzeiro do Sul para uma empresa da região, e também já iniciamos tratativas para que o mesmo seja feito com o Polo Moveleiro de Tarauacá. Nosso principal objetivo é facilitar a reativação desses espaços e contribuir com a geração de emprego e renda”, disse.
Também participaram da reunião o secretário da Casa Civil, Flávio Silva; o secretário de Planejamento e Gestão, Ricardo Brandão; o secretário da Fazenda, Rômulo Grandidier; e o procurador-geral do Estado, João Paulo Setti.