Os assistentes sociais desempenham a função de mediadores e orientam os pacientes e acompanhantes, cujo apoio é considerado fundamental para que o cidadão possa utilizar o serviço público de saúde e alcance a alta médica. A Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre) tem como colaboradores esses profissionais, que atuam na defesa e garantia dos direitos individuais e coletivos dos sujeitos, além de participar da promoção da saúde e integração social.
A equipe de assistentes sociais da Fundhacre é preparada para orientar e acompanhar os pacientes que necessitam de atendimento interno especializado. “Sou assistente social com especialização em oncologia, e atuo no Hospital do Câncer há 15 anos. Atendemos os setores de emergência, ambulatório, enfermaria, e os cuidados paliativos. É uma área difícil, pois trabalhamos com pessoas fragilizadas, então tentamos acolher o paciente oncológico da melhor maneira, pretendendo melhorar a qualidade de vida dele”, disse a assistente social Cláudia Gomes.
O serviço social da Fundhacre atendeu mais de 2.875 pacientes, de janeiro a abril de 2021. São atendimentos oriundos do ambulatório, enfermarias, UTI e Unidade de terapia semi-intensiva. A rede de cooperação entre a Fundhacre e os CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) é extremamente atuante em Rio Branco e torna mais viável o apoio e encaminhamento dos pacientes.
A assistência social faz intervenções quando a equipe multidisciplinar da unidade aciona o serviço social para que ocorra o acompanhamento do paciente, logo, há situações em que a pessoa recebe assistência desde a consulta até a alta médica. Os pacientes que chegam no hospital, sem acompanhante, idosos, moradores em situação de rua, e pessoas que sofreram acidente e ficaram com sequelas irreversíveis tem apoio assistencial em cooperação com o tratamento médico-hospitalar.
Além desses casos, há os pacientes que ficaram debilitados por causa de uma doença ou acidente grave, de modo que ocorreu a incapacitação da pessoa, nesse caso, o trabalhador impossibilitado de realizar as atividades comuns da profissão pode solicitar um benefício ao INSS, nesse cenário, o serviço social atua como orientador, descrevendo e relacionando a documentação que o paciente terá que disponibilizar para receber um auxilio para que possa custear medicamentos, alimentação e outros.
O paciente Francisco Carneiro estava sem acompanhante e chegou debilitado na Fundhacre, além não portar documentos de identificação. A equipe de assistentes sociais conseguiu entrar em contato com familiares. “Em conversas com o paciente, descobrimos que o funcionário público precisava se aposentar devido o comprometimento da doença hepática, assim, orientamos o filho sobre a documentação que precisaria ser apresentada para o INSS a fim de do paciente obter o benefício” relatou a assistente social da Fundhacre, Regiane Araújo.
O assistente social se depara com infinitos desafios no cotidiano, mas nem por isso desiste, ele continua insistindo na resolução da problemática, pois é da responsabilidade dele proteger e auxiliar a pessoa que não sabe onde procurar ajuda, seja ela, jurídica, previdenciária ou social.
O serviço Social da Fundhacre contribui de maneira ímpar com a reabilitação dos pacientes, além de ser um sinônimo de acessibilidade, amparo e refúgio. É inestimável o papel do assistente social no seio da sociedade, sobretudo na saúde, são profissionais que defendem os direitos humanos e lutam para diminuir as desigualdades sociais”, destacou o presidente da Fundhacre, João Paulo Silva.
No Acre, a capital Rio Branco possui 8 CRAS, uma rede que funciona em parceria com o Centro POP (Centro de Referência Especializado para a população de Rua). Para mais informações e pedidos de esclarecimentos sobre o Centro POP podem ser encaminhados ao e-mail: diretoria assistenciasocial21@gmail.com